O presidente francês
François Hollande fez um pronunciamento à nação e decretou luto
nacional, após o atentado desta quarta-feira (7) à revista "Charlie
Hebdo", que deixou 12 mortos e 11 feridos. "Chargistas de muito talento
foram mortos. Hoje eles são nossos heróis e, por isso, amanhã será dia
de luto nacional. Ao meio dia haverá um momento de recolhimento no
serviço público e convido toda a população a participar. As bandeiras
serão baixadas por três dias", disse Hollande. O presidente
afirmou ainda que o país deverá "responder à altura do crime que nos
atinge" e pediu que a população francesa se una para enfrentar o
episódio. "A nossa melhor arma é a nossa união. Nada pode nos dividir,
nada deve nos separar", declarou. "A união de todos os nossos cidadãos
durante essa dificuldade. Devemos nos reunir diante dessa ameaça e ter
capacidade de crer em nosso destino", acrescentou. Hollande também disse que a segurança será reforçada nos locais públicos para evitar novas ameaças. Entre
os mortos no atentado estão o diretor de redação da revista, Stéphane
Charbonnier, o Charb; Jean Cabut, o Cabu; Georges Wolinski e Bernard
Verlhac, o TignousMais cedo, o jornal francês
Le Figaro publicou uma matéria com a repercussão no mundo político
francês, depois do atentado à sede da revista Charlie
Hebdo."Consternação, horror, indignação. Lideranças políticas dividem o
mesmo sentimento depois do ataque terrorista nesta quarta-feira no final
da manhã à sede da revista Charlie Hebdo. Pouco depois do meio-dia, o
presidente da República compareceu ao local, acompanhado do ministro do
Interior Bernard Cazeneuve e da ministra da Cultura Fleur Pellerin. Anne
Hidalgo, prefeita de Paris, também estava presente. O chefe de
Estado François Hollande lançou um chamado à “unidade nacional". "Um ato
de uma barbárie excepcional acaba de ser cometido", declarou ele.
"Contra um jornal. Ou seja, contra a expressão da liberdade”, continuou o
presidente da República. Hollande anunciou a implantação do plano
“vigipirate attentat” contra o terrorismo e convocou uma reunião para as
14h (horário local) no palácio do Eliseu com os ministros e
responsáveis envolvidos. “A França está em choque. Trata-se de um
atentado terrorista”, afirmou ele, a alguns metros da sede do jornal
atacado. “É preciso formar um bloco. Mostrar que nós somos um país
unido. Nós sabemos reagir com firmeza e preocupação com a unidade
nacional”. Se a França está ameaçada, é porque ela “é um país de
liberdade", afirmou ele. “Mais lágrimas do que palavras diante do
horror provocado pelo atentado do qual são vítimas a Charlie Hebdo,
seus funcionários, os policiais e suas famílias", disse a ministra da
Família Laurence Rossignol no Twitter. Marisol Touraine adotou o mesmo
tom: “Faltam palavras para descrever o horror do ataque que atingiu a
redação da Charlie Hebdo". A ministra da Justiça repercutiu as
propostas do presidente da República antes de publicar sua própria
mensagem por volta das 16h45 (horário local) no Twitter: "Primeiro
baluarte e último bastião da Democracia, a imprensa livre é a inimiga do
obscurantismo e da violência”. Christiane Taubira fez em seguida uma
homenagem às forças da ordem: «Aos policiais de elite que arriscam suas
vidas se mantendo profissionais e dignos. A seus filhos que se tornam
tão bruscamente órfãos». Equipes de socorro retiram um ferido do local do atentadoO
presidente do PS (Partido Socialista), Jean-Christophe Cambadélis
denunciou uma «carnificina abominável e revoltante a um órgão de
imprensa que foi atacado por armas de guerra”. “A República foi vítima
de um ataque de covardia e gravidade extremas”, disse ele em um
comunicado. Martine Aubry falou de um “ato monstruoso”. A prefeita de
Lille também fez um apelo pela unidade dos franceses: “É nesses momentos
que os franceses devem se unir frente á barbárie e apoiar aqueles que
agem para encontrar os culpados e impedir atos desta natureza”.
Presidente do grupo socialista na Assembleia, Bruno Le Roux, só vê “uma
resposta diante dessa barbárie: a união dos franceses.» “Atacando a
Charlie Hebdo, símbolo da liberdade de pensar e de escrever, destruindo
vidas inocentes em uma verdadeira operação de guerra, os terroristas
cometeram um crime contra a República e seus valores democráticos”. A
vice-presidente da UMP, Nathalie Kosciusko-Morizet, se declarou
“horrorizada e indignada com tal violência”. “Eu condeno com firmeza!
Todo meu apoio às vítimas e a suas famílias”, publicou ela no Twitter.
François Fillon também exprimiu seu “horror” e sua “solidariedade” com a
Charlie Hebdo". >> EUA vão ajudar franceses na captura dos terroristas que mataram jornalistas >> Merkel diz que ataque a revista francesa é 'abominável' >> Roma eleva alerta de segurança para imprensa >> Vaticano condena ataque a revista francesa >> Muçulmanos condenam ataque ao jornal Charlie Hebdo >> Primeiro-ministro do Canadá diz que atentado foi ataque bárbaro aos franceses
Tags: charlie hebdo, França, françois hollande, Paris, TERRORISMO
Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF)
- Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia.
Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.
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