quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Ondas fracas adiam etapas finais pelo 3º dia seguido na França

ESPN.com.br com agência Gazeta Press
Divulgação
Previsão indica que competição retorne nesta quinta-feira
Previsão indica que competição retorne nesta quinta-feira
Pelo terceiro dia consecutivo, as condições não foram as ideais no mar de Hossegor, na França, onde acontece a nona e antepenúltima etapa do Mundial de surfe 2015 (WCT). A quarta-feira amanheceu com ondas pequenas e, por isso, a organização do evento decidiu adiar as baterias de quartas e semifinais do masculino e feminino, respectivamente.
No entanto, a previsão diz que as condições climáticas serão boas durante toda a quinta-feira graças à chegada de um novo swell (ondulações). Com isso, são grandes as chances de que a etapa francesa tenha seu campeão conhecido nesse dia.
Três brasileiros seguem vivos na briga. Vice-líder do ranking mundial, Adriano de Souza, o Mineirinho, disputará a segunda bateria do dia contra o australiano Owen Wright. Mas antes dele, o potiguar Ítalo Ferreira enfrentará Julian Wilson, também da Austrália. Por fim, na última série de quartas de final, Gabriel Medina, que busca reagir no campeonato, terá o havaiano John John Florence.
Já o líder do ranking e principal adversário de Mineirinho na briga pelo título mundial, o tricampeão Mick Fanning, será desafiado pelo compatriota Bede Durbidge na segunda bateria.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Cissé e mais três são presos na França por suspeita de extorquir meia Valbuena

Reuters
PARIS (Reuters) - A polícia francesa prendeu quatro pessoas em uma investigação sobre uma possível tentativa de extorquir o meia titular da seleção francesa Mathieu Valbuena, usando gravações com cenas de sexo, disse uma autoridade policial nesta terça-feira.
Entre os quatro que estão sendo mantidos sob custódia após prisões em Paris e Marselha está Djibril Cissé, ex-atacante da seleção francesa, disse a autoridade.
Cissé foi preso porque conhecia os outros envolvidos, mas não é suspeito de participação ativa.
A tentativa de extorsão envolvia gravações de cenas de sexo feitas por um celular, disse a autoridade, que pediu para não ser identificada, prática comum na França para autoridades policiais que não possuem um papel como porta-voz.
Valbuena, de 31 anos, joga pelo Olympique de Lyon, da primeira divisão francesa, e pela seleção nacional.
(Reportagem de Sophie Louet)

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

França pode ter matado jihadistas franceses na Síria


AFP - Agence France-Presse
Publicação: 12/10/2015 12:25 Atualização:

Avião Rafale decola de base no Golfo para lançar ataques na Síria. Foto: ECPAD/AFP
Avião Rafale decola de base no Golfo para lançar ataques na Síria. Foto: ECPAD/AFP
A França continuará atacando os combatentes do Estado Islâmico na Síria "seja qual for sua nacionalidade", reiterou nesta segunda-feira o governo deste país, que admitiu que jihadistas franceses podem ter morrido em seu últimos bombardeios.

"Nossa responsabilidade é atacar o Daesh (acrônimo árabe do Estado Islâmico) e seguiremos atacando-o seja qual for a nacionalidade de seus membros", afirmou o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, em visita à Jordânia.

"Deste ponto de vista, os terroristas não têm passaportes", acrescentou.

Pouco antes destas declarações, uma fonte governamental falou sobre a possível presença de franceses entre as vítimas dos bombardeios da França na Síria, uma informação que, se for confirmada, levantaria um debate sobre a base jurídica destas operações.

Uma ONG síria disse que havia seis mortos franceses, mas "a esta hora não podemos confirmar nada", acrescentou a fonte.

Por sua vez, o primeiro-ministro francês se limitou a dizer que "possivelmente" cidadãos franceses morreram em um ataque na madrugada de sexta-feira, mas não confirmou o número de seis falecidos.

Francófonos mortos

Interrogado pela AFP, o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), uma ONG síria que conta com uma ampla rede de informantes neste país em guerra, não pôde confirmar a morte dos franceses.

No entanto, esta ONG havia dado na sexta-feira um balanço de 16 mortos no bombardeio francês da noite de quinta-feira contra um campo de treinamento na Síria, entre eles três jovens de menos de 18 anos, e um chefe, Abu Abdullah al Belgiki, supostamente de nacionalidade belga.

Algumas das vítimas tinham nomes marroquinos e podem ter a dupla nacionalidade franco-marroquina, segundo o OSDH.

O ministério francês da Defesa admitiu nesta segunda-feira que podem existir cidadãos franceses ou de língua francesa entre os mortos neste campo localizado cinco quilômetros a sudoeste de Raqa, o reduto dos jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI).

Mas disse que não podia "confirmar com certeza nada relacionado a este bombardeio".

"Sabemos que este campo treinava combatentes para enviá-los à Europa e à França", disse o ministério.

Escolheram seu campo


Os serviços de inteligência franceses confirmaram durante interrogatórios com jihadistas a presença de combatentes estrangeiros na Síria, entre eles franceses, indicou o ministério da Defesa.

Segundo uma fonte próxima, os serviços especializados puderam confirmar a morte de 139 jihadistas na Síria, entre os mil jihadistas que viajaram a este país a partir da França, sem contar com as possíveis vítimas do ataque da semana passada.

Assim como os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, a França se ampara na legítima defesa - ou seja, prevenir ataques em seu território - para justificar seus bombardeios na Síria. No entanto, as famílias de vítimas francesas podem processar o Estado por matar seus próprios cidadãos.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015


França e Rússia fazem ataques na Síria, mas Estado Islâmico avança

Rússia anunciou que nas últimas 24h bombardeou 60 'alvos terroristas'.
Terroristas se aproximaram de Aleppo.

Do G1, em São Paulo
Homem armado anda em prédio abandonado em Damasco, na Síria (Foto: Bassam Khabieh/ Reuters) 
Homem armado anda em prédio abandonado em Damasco, na Síria (Foto: Bassam Khabieh/ Reuters)
Apesar dos ataques da Rússia e da França, o Estado Islâmico continua a avançar na Síria nesta sexta-feira (9), segundo relatos das agências de notícias. O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) observou que o grupo terrorista se aproximou da cidade de Aleppo, que é uma importante cidade no norte do país.

"O EI nunca esteve tão perto da cidade de Aleppo, em seu maior avanço em direção" à antiga capital econômica da Síria, declarou à AFP Rami Abdel Rahman, diretor da ONG, que dispõe de uma rede de fontes neste país em guerra.

A Rússia anunciou nesta sexta-feira que nas últimas 24 horas bombardeou 60 "alvos terroristas", o que representa um grande aumento de seus ataques desde o início de sua intervenção em 30 de setembro, de acordo com a France Presse.

"Os aviões russos realizaram 67 decolagens a partir da base aérea de Jeimim (...) e bombardearam 60 alvos terroristas" nas províncias de Raqa, Latakia, Hama, Idleb e Aleppo, declarou o subchefe do Estado Maior russo, o general Igor Makuchev, segundo a AFP, citando as agências.
Já um segundo ataque aéreo francês contra o Estado Islâmico atingiu Raqa, no norte do país. Os aviões franceses já tinham atacado outras posições do grupo terrorista em 27 de setembro.

Os dois aviões Rafale, que partiram dos Emirados Árabes Unidos com outros caças franceses de escolta, voltaram a atacar um centro de treinamento do EI em Raqa, reduto da organização jihadista e capital do califado proclamado nos territórios sob seu controle no Iraque e na Síria.

O ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, afirmou que nos arredores da cidade “há centros de treinamento de combatentes estrangeiros cuja missão não é ir combater em nome do Daesh no Levante, mas vir à França, à Europa, para cometer atentados”. O Daesh quer dizer Estado Islâmico em árabe.

Escudo humano
A Rússia "considera que é preciso proteger Bashar. Nós consideramos que Bashar não forma parte da solução" ao conflito sírio, insistiu Le Drian.

O ministro da Defesa francês afirmou que o Estado Islâmico utiliza a população civil como escudo humano, tanto no Iraque quanto na Síria, o que complica a escolha dos alvos. "O Daesh se organizou de tal forma que as crianças, as mulheres e os civis estão na linha de frente", disse.
"Os responsáveis se escondem em escolas, mesquitas, hospitais, o que complica a ação da coalizão (internacional liderada pelos Estados Unidos), porque não queremos causar vítimas colaterais", acrescentou.
A França forma parte da coalizão liderada há mais de um ano pelos Estados Unidos, que desde então bombardeia pelo ar alvos do EI na Síria e no Iraque.
No dia 30 de setembro, a Rússia, aliada de Assad, iniciou sua própria campanha aérea na Síria, dizendo querer combater o terrorismo.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

'Herói' de atentado a trem francês foi esfaqueado, diz imprensa americana

Spencer Stone teria sido atacado várias vezes e está em condição estável.
Ele ajudou a neutralizar homem que atacou trem em agosto.

Do G1, em São Paulo
O presidente francês François Hollande concede medalha da Legião de Honra a Spencer Stone durante cerimônia em Paris. Ele e outros três soldados neutralizaram um marroquino que tentava abrir fogo em um trem lotado que ia de Amsterdã para Paris (Foto:  Michel Euler/Pool/Reuters) 
O presidente francês François Hollande concede medalha da Legião de Honra a Spencer Stone durante cerimônia em Paris. Ele e outros três soldados neutralizaram um marroquino que tentava abrir fogo em um trem lotado que ia de Amsterdã para Paris (Foto: Michel Euler/Pool/Reuters)
O americano Spencer Stone, que foi aclamado como herói ao ajudar a neutralizar um homem durante um ataque a um trem francês em agosto deste ano, foi esfaqueado várias vezes no tronco, afirmou a imprensa americana nesta quinta-feira (8).
A polícia disse que o incidente não está relacionado a um ato terrorista e que ocorreu durante uma briga de bar.
A CBS News informou na manhã desta quinta-feira que Jones, que pertence à Força Aérea americana, havia sido "repetidamente esfaqueado" na noite de quarta.
Logo depois, a NBC News afirmou que havia confirmado com a Força Aérea que Jones de fato foi atacado várias vezes após uma briga perto de alguns bares em Sacramento, nos EUA.
Segundo a NBC, o incidente ocorreu por volta de meia-noite e Jones está vivo e em condições estáveis no momento.
O departamento de polícia de Sacramento afirmou no Twitter que o incidente não foi um ato terrorista, ocorreu perto de um bar e parece estar relacionado ao consumo de álcool.
A polícia informou no Facebook que foi avisada por um passante que um sujeito tinha sido esfaqueado. A declaração, que não cita o nome da vítima, diz que ela tinha 20 e poucos anos e foi transportada para o hospital. “Acredita-se que ele estava com um grupo de amigos quando foi esfaqueado na parte de cima do corpo após uma briga”, afirma o texto.
'Heróis'
Em 21 de agosto passado, um marroquino de 25 anos, que carregava um fuzil com nove carregadores, pretendia abrir fogo em um trem de alta velocidade que viajava entre Amsterdã e Paris, quando foi desarmado por Stone junto com outros dois americanos e um britânico.

Stone, um militar de 23 anos, recebeu em setembro a medalha do aviador, a maior distinção concedida a um membro da força aérea "por ato de coragem foram de situação de combate".
Além disso, os quatro foram condecorados na França com a Legião de Honra, a maior outorgada pelo país.
O atirador ainda feriu Stone diversas vezes com um estilete. Eles receberam diversas homenagens após o episódio

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

França e Alemanha pedem união à UE ante crise de migrantes

Giuseppe Cacace/AFP
O presidente francês, François Hollande (D), ao lado da chanceler alemã, Angela Merkel
O presidente francês ao lado da chanceler alemã: "A Europa demorou para compreender que as tragédias do Oriente Médio e da África teriam consequências para ela"
Da AFP
O presidente francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, pediram nesta quarta-feira, em um discurso histórico ante a Eurocâmara, maior unidade à União Europeia para enfrentar a crise de migrantes e a guerra na Síria.
Este foi o primeiro discurso ante os deputados europeus de dois presidentes da França e da Alemanha desde o pronunciado em 1989 por François Mitterrand e Helmut Kohl.
"Não precisamos de menos Europa, e sim de mais Europa. A Europa deve se afirmar, caso contrário veremos o fim da Europa", disse Hollande, que discursou primeiro.
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Merkel, cujo discurso foi mais breve que o de Hollande, expressou uma mensagem similar, pedindo maior unidade entre os 28 países membros para enfrentar os desafios do bloco.
"É justo agora que precisamos de mais Europa. Precisamos de coragem e coesão, o que a Europa sempre mostrou quando foi necessário", disse Merkel.
Hollande afirmou, por sua vez, que a Europa demorou para medir a importância da crise dos refugiados.
"A Europa demorou para compreender que as tragédias do Oriente Médio e da África teriam consequências para ela", disse o presidente.
A UE enfrenta a pior crise migratória em décadas que ameaça sua unidade e várias políticas comuns sobre as quais repousam sua construção.
Diante da chegada maciça de solicitantes de asilo, os membros do bloco reagiram de maneira diferente. A Hungria construiu um muro em sua fronteira com a Sérvia, e depois cercas na fronteira com a Croácia. Já a Alemanha recebeu de braços abertos centenas de milhares de refugiados sírios.
Em seu discurso, Merkel considerou obsoletas as regras em vigor na União Europeia que obrigam os solicitantes de asilo a apresentarem seu pedido no primeiro país do bloco onde chegam.
"Sejamos francos, o processo de Dublin (como estas regras são conhecidas) em sua forma atual é obsoleto", disse Merkel declarando-se a favor de um "novo procedimento" para dividir igualmente os solicitantes de asilo entre países europeus.
Com o sistema atual, Grécia e Itália, os países na linha de frente do fluxo de imigrantes, assumem o maior peso da gestão e do tratamento dos pedidos de asilo, o que sobrecarrega seus sistemas de acolhida.
Pouco antes, o presidente francês convocou a Europa a agir para evitar uma guerra total na Síria e na região.
"O que acontece na Síria envolve a Europa, o que acontece lá determinará o equilíbrio de toda a região por muito tempo", disse.
"Se deixarmos que os confrontos religiosos se amplifiquem, não devemos pensar que estaremos protegidos: será uma guerra total", estimou Hollande.
"Devemos construir na Síria, com todos os que puderem contribuir, um futuro político que ofereça à população síria outra alternativa que não seja Bashar (al-Assad) ou Daesh" (Estado Islâmico em árabe), disse Hollande, cujo país lançou ataques aéreos contra o grupo EI na Síria.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Premiê francês pede "punição severa" por agressões na Air France

Nesta segunda-feira, dois altos executivos da companhia foram atacados por funcionários revoltados com o plano de ajustes da companhia, que prevê cortar 2.900 vagas de trabalho

- Atualizado em
Xavier Broseta, da Air France, sai da reunião com as roupas rasgadas após anunciar cortes
Diretor de RH da Air France, Xavier Broseta, sai da reunião com as roupas rasgadas após anunciar cortes (Jacky Naegelen/Reuters)
O primeiro-ministro da França, Manuel Valls, afirmou nesta terça-feira que os funcionários que agrediram o chefe de recursos humanos da Air France, Xavier Broseta, devem ser severamente punidos. "Estas são ações de marginais", disse ele na sede da Air France, próximo ao aeroporto Charles de Gaulle, em Paris. "Violência é inaceitável. Deve haver punições severas", completou. Broseta participava de uma reunião para tratar das futuras demissões que ocorrerão na empresa, quando foi atacado por um grupo de funcionários revoltados com os planos de ajuste da companhia. Mesmo escoltado por seguranças, ele teve a camisa rasgada e precisou pular uma cerca para escapar do local.
O presidente francês, François Hollande, também lamentou o episódio, dizendo que ele mancha a imagem do país. "O diálogo social conta. E quando é interrompido pela violência, por protestos que adquirem formas inaceitáveis, vemos as consequências que pode ter para a imagem, o atrativo, do país", afirmou o presidente em Havre (noroeste da França).
O primeiro-ministro também afirmou que o governo, que tem 17,6% das ações da Air France, apoia a gerência da empresa.
Leia também:
Executivo da Air France sai de reunião sobre demissões com a camisa rasgada
Greve provoca cancelamento de voos da Air France
Nesta segunda-feira, a Air France apresentou um novo plano de corte de custos após semanas de negociações frustradas com os sindicatos - representantes dos pilotos se recusavam a voar mais horas pelo mesmo salário. Sob o novo plano, a Air France pretende cortar 2.900 empregos e fechar rotas de longa distância para a Ásia. A transportadora também irá cancelar encomendas de aviões Boeing 787, reduzindo a sua frota.
"Não podemos gastar bilhões de euros para comprar novos aviões se não temos uma visão de rentabilidade futura", disse o presidente-executivo da Air France, Frederic Gagey, que também saiu da reunião ontem com o terno e a camisa rasgados.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Trabalhadores da Air France agridem diretores após demissões



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Reuters / Jacky Naegelen
Diretor de Recursos Humanos da Air France, Xavier Broseta, é escoltado após ter camisa rasgada por funcionários em protesto
Diretor de Recursos Humanos da Air France, Xavier Broseta, é escoltado após ter camisa rasgada: a direção explicava seus planos de ajuste, que trariam o fim de 2.900 postos de trabalho

Da EFE

Paris - Dezenas de trabalhadores da companhia aérea Air France invadiram nesta segunda-feira a sede do grupo e agrediram membros da direção quando eles apresentavam o plano de ajuste da companhia, que inclui o corte de 2.900 funcionários, as primeiras demissões da história da empresa.
O presidente da Air France, Frédéric Gagey, deixou rapidamente o local ao ver os trabalhadores entrarem, e eles cercaram o diretor de recursos humanos, Xavier Broseta, e rasgaram sua camisa.
A direção condenou essas ações e anunciou que apresentará uma denúncia por "violência agravada".
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Os sindicatos da companhia aérea tinham convocado um dia de paralisação, que pouco influenciou o tráfego da companhia, e uma manifestação na entrada da sede social da Air France, próxima ao aeroporto parisiense de Charles de Gaulle.
No interior acontecia um Comitê de Empresa em que a direção explicava aos representantes sindicais seus planos de ajuste, que incluem a redução de 10% de sua oferta de voos, o que se traduzirá no fim de 2.900 postos de trabalho.
Um grupo de trabalhadores conseguiu ultrapassar as barreiras de segurança que os impediam de entrar na reunião, o que provocou a suspensão do Comitê.
Diante da crescente concorrência de companhias de baixo custo em voos de curta e média distância e das companhias aéreas do Golfo nos de longo percurso, a Air France formatou um plano de aumento de produtividade que pretendia pactuar com os sindicatos.
Mas na semana passada a empresa deu as negociações por encerradas e acusou os representantes dos pilotos de não quererem ceder, por isso lançou um plano alternativo que passa pela redução da atividade e, pela primera vez em sua história, por demissões.
Segundo os números antecipados aos sindicatos, a empresa pretende demitir nos próximos dois anos 300 pilotos, 700 aeromoças e 1.900 membros das equipes em terra, o que representa 4,5% dos seus 64 mil trabalhadores.
Cinco conexões de longa distância serão encerradas e 14 aviões da frota vendidos, além da reestruturação de algumas de suas rotas.
O governo francês, que tem 17,6% das ações da companhia, apoia os planos da direção, mas através de diversos ministros pediu que as negociações sejam retomadas e que os pilotos façam concessões.
A empresa pede que façam mais horas de voo pelo mesmo salário, o que os pilotos se negam a aceitar, ao argumentarem que suas condições são piores que as de colegas de outras companhias aéreas, como Swiss Air, British Airways e KLM, sócia da Air France.
A companhia francesa considera que a metade de suas rotas de longa distância são deficitárias e que precisa melhorar a produtividade do elenco em 17% para poder voltar a ser competitiva.
A companhia aérea deve apresentar contas equilibradas este ano, mas atribuiu os números à queda dos preços dos combustíveis e à atividade inesperadamente alta no verão do hemisfério norte.

domingo, 4 de outubro de 2015

Chuvas matam ao menos 16 na Riviera Francesa

4 out 2015 12h35

Em algumas áreas da região, choveu em três horas quantidade de água equivalente à de dois meses, transformando ruas em rios. Cinco pessoas estão desaparecidas. Alguns morreram tentando colocar seus carros em segurança.
Pelo menos 16 pessoas morreram em decorrência de fortes chuvas e inundações que atingiram a Riviera Francesa durante a madrugada, e outras cinco estão desaparecidas, segundo informaram autoridades francesas neste domingo (04/10).
Em algumas áreas, em menos de três horas caiu uma quantidade de água equivalente à de dois meses, transformando as ruas de Cannes, Nice e Antibes em rios cheios de detritos.
Em Cannes, sede do famoso festival de cinema, as águas chegaram a arrastar para o mar carros que estavam estacionados na orla, informou a prefeitura.
O presidente francês, François Hollande, visitou a região, acompanhado do seu ministro do Interior, Bernard Cazeneuve. Ele expressou "solidariedade da nação" em relação aos afetados. "Nesses momentos, devemos ser rápidos, eficientes e coordenados", disse. Ele ressaltou, ainda, que a população deve estar preparada para mais chuvas fortes e pediu para que todos tenham cautela.
Garagens subterrâneas
Três pessoas morreram quando a água invadiu um asilo para idosos em Biot, perto de Antibes, e três motoristas se afogaram quando tentavam atravessar com seus carros um pequeno túnel alagado em Vallauris-Golfe-Juan e foram surpreendidos pela subida repentina das águas.
As equipes de resgate em Mandelieu-la-Napoule afirmaram que a água estava tão escura que dificultava a busca por mais corpos em estacionamentos subterrâneos, onde pelo menos sete pessoas morreram. "É apocalíptico", disse o prefeito Henri Leroy. "Há milhares de veículos. Pode haver mais corpos." As autoridades acreditam que muitos morreram tentando colocar seus carros em segurança.
Em Cannes, duas pessoas foram mortas e duas outras estão desaparecidas. O prefeito da cidade, David Lisnard, criticou duramente alguns moradores que, segundo ele, preferiram se preocupar com seus pertences a buscarem segurança. "Não estou julgando, porque eu não sei como reagiria nesta situação, mas parece que tivemos algumas pessoas que ficaram mais apegadas a seus veículos que à própria vida", disse. Nove pessoas foram presas por tentarem roubar lojas após a tempestade, segundo ele.
MD/dpa/afp