sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Atentados em Paris causam horror e comoção em todo o mundo

Christian Hartmann/Reuters
Equipe de bombeiros próximos ao Bataclan, casa de shows onde eram mantidos reféns em Paris
Equipe de bombeiros próximos ao Bataclan, casa de shows 
onde eram mantidos reféns em Paris
Da AFP

A série de atentados terroristas sem precedentes que deixou mais de 100 mortos nesta sexta-feira em Paris e na região metropolitana causou horror e comoção em todo o mundo, e vários dirigentes enviaram sua mensagem de apoio ao presidente e povo franceses.
O secretário-geral das Nações Unidas Ban Ki-moon condenou "os desprezíveis ataques terroristas realizados em Paris e apresentou suas condolências às famílias das vítimas", segundo seu porta-voz.
O presidente Barack Obama também condenou energicamente o que chamou de "atentado contra toda a humanidade" e uma "tentativa ultrajante de aterrorizar civis".
ADVERTISEMENT
"Trata-se de um ataque não só contra os franceses, mas contra toda a humanidade e contra os valores que compartilhamos". Obama também disse que os Estados Unidos "trabalharão com a França para levar os terroristas à justiça" e lembrou que, quando ataques desse tipo acontecem, sempre se pode contar com os franceses.
O secretário de Estado de Obama, John Kerry, qualificou os atentados de "ataque contra a nossa humanidade comum".
"Estamos esta noite ao lado do povo francês, como nossos povos sempre estiveram lado a lado nas horas mais obscuras. Estes ataques terroristas não farão mais que reforçar nossa determinação comum" - escreveu Kerry em um comunicado em Viena, onde deve participar neste sábado da reunião internacional sobre a guerra na Síria.
A Rússia igualmente condenou a série de "atentados atrozes" e os "assassinatos desumanos" em Paris. O presidente russo, Vladimir Putin, expressou seus pêsames, assim como o apoio e a solidariedade da Rússia ao presidente François Hollande, e ao povo francês.
Já o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, se disse "profundamente chocado" e manifestou a "solidariedade" da UE.
"Estou muito chocado com os eventos de Paris. Nós manifestamos nossa plena solidariedade com o povo da França", escreveu Juncker no Twitter
"Profundamente chocada", também foram as palavras utilizadas pela chanceler alemã, Angela Merkel, segundo um comunicado oficial.
"O governo alemão está em contato com o governo francês e demonstra a compaixão e a solidariedade do povo alemão", afirmou Merkel.
O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, expressou sua "solidariedade com seus irmãos franceses".
"A Itália está junto a seus irmãos franceses, contra o atroz ataque à Paris e à Europa", disse Renzi em sua conta Twitter. Roma convocou um comitê nacional de segurança no sábado pela manhã.
"A Europa, atingida em seu coração, saberá reagir à barbárie", acrescentou
O chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, manifestou ao primeiro-ministro francês Manuel Valls a solidariedade da Espanha.
Rajoy conversou por telefone com Valls para expressar "suas condolências (...), toda sua solidariedade".
Na Turquia, o presidente Recep Tayyip Erdogan pediu um "consenso da comunidade internacional contra o terrorismo".
"Enquanto país que conhece perfeitamente os métodos e as consequências do terrorismo, compreendemos perfeitamente o sofrimento que a França vive atualmente", acrescentou.
O Canadá também expressou sua solidariedade para com a França.
"O Canadá está com a França neste tempo sombrio e oferece toda a assistência possível", declarou o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau.
"Consternada pela barbárie terrorista, expresso meu repúdio à violência e minha solidariedade para com o povo e o governo francês", declarou a presidente brasileira Dilma Rousseff em sua conta no Twitter.
O prefeito de Nova York, que entrou em estado de alerta preventivo em função dos atentados de Paris, também exprimiu sua solidariedade.
"Os nova-iorquinos ficaram inconsoláveis de ver nossa cidade-irmã de Paris ser atingida por essa violência sem sentido".
Tópicos: Terrorismo, Ataques terroristas, Europa, França, Países ricos, Paris, Metrópoles globais

Ataques terroristas em Paris deixam dezenas de mortos; há reféns

Três tiroteios foram registrados em diferentes pontos da cidade.
Explosões aconteceram perto de estádio onde jogam França e Alemanha.

Do G1, em São Paulo

Explosões ocorreram próximo ao Stade de France, em Paris, na noite de sexta (13), durante um jogo entre as seleções da França e Alemanha. Além disso, três tiroteios simultâneos deixaram 42 mortos e dezenas de feridos em outros pontos da cidade, segundo a polícia parisiense. Há ainda 100 reféns em uma casa noturna. A rede de TV francesa BFM, citada pela CNN, diz que os mortos são 60.
O presidente francês, François Hollande, afirmou em declaração em rede nacional que está declarado estado de emergência em toda a França e que as fronteiras serão fechadas.
Em Paris, os hospitais entraram em "Plano Branco", um estado de emergência e crise, segundo o "Le Monde". Cinco linhas de metrô tiveram seus serviços interrompidos.
VALE ESTE - Ataques terroristas em Paris deixam mortos; houve explosões e há reféns (Foto: Arte/G1)
A polícia confirmou ainda que há 100 reféns na casa de espetáculos Bataclan, no boulevard Voltaire, no 11º arrondissement. Estão sendo mantidas no local pessoas que assistiam a um show da banda Eagles of the Death Metal.
Segundo um dos jornalistas do "Libération", que cita um policial no local, um homem no interior do Bataclan teria explosivos.
O jornal também citou o relato de um jornalista da "Europe1", que estava no interior do Bataclan nesta noite: "Vários indivíduos armados entraram no meio do show", afirmou. "Dois ou três indivíduos não mascarados entraram com armas automáticas do tipo kalachnikov e começaram a atirar no público". O jornalista disse, ainda, que a ação durou de 10 a 15 minutos e que os atiradores eram jovens.
Ao jornal "Le Figaro", uma testemunha contou que viu dois homens armados entrarem no Bataclan. "Eles estavam armados, vestidos normalmente: eles atiraram no exterior e no interior da sala", afirmou a testemunha.
O jornalista francês Erwan Desplanques afirmou, em sua conta to Twitter, que um amigo que conseguiu escapar do Bataclan disse que havia cinco ou seis atiradores no local e que eles mencionaram a Síria.
A polícia emitiu um alerta, pedindo que os parisienses não deixem suas casas, "a não ser em caso de absoluta necessidade". Lugares públicos devem reforçar a segurança nas entradas e acolher aqueles que estiverem em necessidade. A polícia também ordenou que se interrompam as manifestações e eventos em áreas externas.

- Explosões próximo ao Stade de France, em Paris, durante jogo entre as seleções da França e Paris

- Três tiroteios aconteceram em outros pontos da cidade

- A policia parisiense afirmaram que há 42 mortos, dezenas de feridos em outros pontos da cidade e 100 reféns na casa noturna Bataclan

- Segundo a jornalista Carolina Cimenti, houve tumulto para que as pessoas deixassem o estádio e espera por orientações

- Segundo o jornal “Le Figaro”, uma testemunha contou que viu dois homens entrarem armados no Bataclan

- Obama se pronuncia a favor da França dizendo que  EUA estão prontos para ajudar a França a "responder" ao ocorrido
- O presidente da França, François Hollande, declarou em rede nacional que está estado de emergência em toda o país e que as fronteiras serão fechadas

- Segundo a assessoria do Itamaraty, a cônsul do Brasil em Paris, Maria Edileuza Reis, não informou sobre nenhum brasileiro ferido nos atentados


Segundo a BBC, um homem usando uma arma automática abriu fogo no restaurante Petit Cambodge no 10º arrondissement, deixando ao menos sete feridos. De acordo com o "Liberation" e a rede de TV CNN, há "diversos mortos". A Reuters afirma que duas pessoas morreram ali.
O presidente da França, François Hollande, fala sobre os ataques simultâneos em Paris (Foto: Reprodução/Reuters)O presidente da França, François Hollande, fala sobre os ataques simultâneos em Paris (Foto: Reprodução/Reuters)
Um repórter do "Liberation" que está no local diz ter visto ao menos quatro corpos no chão. Já o repórter da BBC contou dez pessoas deitadas, sem conseguir identificar se estariam mortas ou feridas. Diversas ambulâncias já chegaram.
Um segundo tiroteio teve como cenário o bar "Le Carillon", segundo o Liberation. Na sequência, outro tiroteio foi registrado no 11º arrondissement.
A BBC, o Liberation e o "Le Monde" afirmam também que houve três explosões do lado de fora do Stade de France, mas a polícia ainda não informou se há feridos no local. O presidente francês, François Hollande, foi retirado do estádio por segurança e está na sede do Ministério do Interior, onde acompanha o caso e participa de uma reunião de emergência.
Após o final do jogo, o público começou a ser liberado lentamente.
O presidente americano Barack Obama fez um pronunciamento em que disse que a situação é “ultrajante” e que os EUA farão o que for possível para ajudar a França. “Faremos o que for necessário pra trabalhar com os franceses e as nações ao redor do mundo para buscar justiça”, disse. “Não quero especular no momento quem é o responsável até que sejamos informados pelas autoridades francesas que a situação está sob controle”. Obama disse ainda que o que aconteceu foi "um ataque contra toda a humanidade".
"Aqueles que acham que podem aterrorizar o povo da França e os valores que eles representam estão errados", afirmou Obama, dizendo que os EUA estão prontos para ajudar a França a "responder" ao ocorrido.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, escreveu em seu Twitter uma mensagem em que diz: "Estou chocado pelos eventos em Paris nesta noite. Nossos pensamentos e orações estão com os franceses. Faremos o que for possível para ajudar".
Segundo a Reuters, oficiais de segurança dos Estados Unidos acreditam que os ataques de Paris sejam coordenados. Já o vice-prefeito de Paris afirmou que ainda é cedo para saber se os ataques foram coordenados, mas que isso não pode ser descartado.
p://glo.bo/1WX4OAR

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Ondas fracas adiam etapas finais pelo 3º dia seguido na França

ESPN.com.br com agência Gazeta Press
Divulgação
Previsão indica que competição retorne nesta quinta-feira
Previsão indica que competição retorne nesta quinta-feira
Pelo terceiro dia consecutivo, as condições não foram as ideais no mar de Hossegor, na França, onde acontece a nona e antepenúltima etapa do Mundial de surfe 2015 (WCT). A quarta-feira amanheceu com ondas pequenas e, por isso, a organização do evento decidiu adiar as baterias de quartas e semifinais do masculino e feminino, respectivamente.
No entanto, a previsão diz que as condições climáticas serão boas durante toda a quinta-feira graças à chegada de um novo swell (ondulações). Com isso, são grandes as chances de que a etapa francesa tenha seu campeão conhecido nesse dia.
Três brasileiros seguem vivos na briga. Vice-líder do ranking mundial, Adriano de Souza, o Mineirinho, disputará a segunda bateria do dia contra o australiano Owen Wright. Mas antes dele, o potiguar Ítalo Ferreira enfrentará Julian Wilson, também da Austrália. Por fim, na última série de quartas de final, Gabriel Medina, que busca reagir no campeonato, terá o havaiano John John Florence.
Já o líder do ranking e principal adversário de Mineirinho na briga pelo título mundial, o tricampeão Mick Fanning, será desafiado pelo compatriota Bede Durbidge na segunda bateria.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Cissé e mais três são presos na França por suspeita de extorquir meia Valbuena

Reuters
PARIS (Reuters) - A polícia francesa prendeu quatro pessoas em uma investigação sobre uma possível tentativa de extorquir o meia titular da seleção francesa Mathieu Valbuena, usando gravações com cenas de sexo, disse uma autoridade policial nesta terça-feira.
Entre os quatro que estão sendo mantidos sob custódia após prisões em Paris e Marselha está Djibril Cissé, ex-atacante da seleção francesa, disse a autoridade.
Cissé foi preso porque conhecia os outros envolvidos, mas não é suspeito de participação ativa.
A tentativa de extorsão envolvia gravações de cenas de sexo feitas por um celular, disse a autoridade, que pediu para não ser identificada, prática comum na França para autoridades policiais que não possuem um papel como porta-voz.
Valbuena, de 31 anos, joga pelo Olympique de Lyon, da primeira divisão francesa, e pela seleção nacional.
(Reportagem de Sophie Louet)

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

França pode ter matado jihadistas franceses na Síria


AFP - Agence France-Presse
Publicação: 12/10/2015 12:25 Atualização:

Avião Rafale decola de base no Golfo para lançar ataques na Síria. Foto: ECPAD/AFP
Avião Rafale decola de base no Golfo para lançar ataques na Síria. Foto: ECPAD/AFP
A França continuará atacando os combatentes do Estado Islâmico na Síria "seja qual for sua nacionalidade", reiterou nesta segunda-feira o governo deste país, que admitiu que jihadistas franceses podem ter morrido em seu últimos bombardeios.

"Nossa responsabilidade é atacar o Daesh (acrônimo árabe do Estado Islâmico) e seguiremos atacando-o seja qual for a nacionalidade de seus membros", afirmou o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, em visita à Jordânia.

"Deste ponto de vista, os terroristas não têm passaportes", acrescentou.

Pouco antes destas declarações, uma fonte governamental falou sobre a possível presença de franceses entre as vítimas dos bombardeios da França na Síria, uma informação que, se for confirmada, levantaria um debate sobre a base jurídica destas operações.

Uma ONG síria disse que havia seis mortos franceses, mas "a esta hora não podemos confirmar nada", acrescentou a fonte.

Por sua vez, o primeiro-ministro francês se limitou a dizer que "possivelmente" cidadãos franceses morreram em um ataque na madrugada de sexta-feira, mas não confirmou o número de seis falecidos.

Francófonos mortos

Interrogado pela AFP, o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), uma ONG síria que conta com uma ampla rede de informantes neste país em guerra, não pôde confirmar a morte dos franceses.

No entanto, esta ONG havia dado na sexta-feira um balanço de 16 mortos no bombardeio francês da noite de quinta-feira contra um campo de treinamento na Síria, entre eles três jovens de menos de 18 anos, e um chefe, Abu Abdullah al Belgiki, supostamente de nacionalidade belga.

Algumas das vítimas tinham nomes marroquinos e podem ter a dupla nacionalidade franco-marroquina, segundo o OSDH.

O ministério francês da Defesa admitiu nesta segunda-feira que podem existir cidadãos franceses ou de língua francesa entre os mortos neste campo localizado cinco quilômetros a sudoeste de Raqa, o reduto dos jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI).

Mas disse que não podia "confirmar com certeza nada relacionado a este bombardeio".

"Sabemos que este campo treinava combatentes para enviá-los à Europa e à França", disse o ministério.

Escolheram seu campo


Os serviços de inteligência franceses confirmaram durante interrogatórios com jihadistas a presença de combatentes estrangeiros na Síria, entre eles franceses, indicou o ministério da Defesa.

Segundo uma fonte próxima, os serviços especializados puderam confirmar a morte de 139 jihadistas na Síria, entre os mil jihadistas que viajaram a este país a partir da França, sem contar com as possíveis vítimas do ataque da semana passada.

Assim como os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, a França se ampara na legítima defesa - ou seja, prevenir ataques em seu território - para justificar seus bombardeios na Síria. No entanto, as famílias de vítimas francesas podem processar o Estado por matar seus próprios cidadãos.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015


França e Rússia fazem ataques na Síria, mas Estado Islâmico avança

Rússia anunciou que nas últimas 24h bombardeou 60 'alvos terroristas'.
Terroristas se aproximaram de Aleppo.

Do G1, em São Paulo
Homem armado anda em prédio abandonado em Damasco, na Síria (Foto: Bassam Khabieh/ Reuters) 
Homem armado anda em prédio abandonado em Damasco, na Síria (Foto: Bassam Khabieh/ Reuters)
Apesar dos ataques da Rússia e da França, o Estado Islâmico continua a avançar na Síria nesta sexta-feira (9), segundo relatos das agências de notícias. O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) observou que o grupo terrorista se aproximou da cidade de Aleppo, que é uma importante cidade no norte do país.

"O EI nunca esteve tão perto da cidade de Aleppo, em seu maior avanço em direção" à antiga capital econômica da Síria, declarou à AFP Rami Abdel Rahman, diretor da ONG, que dispõe de uma rede de fontes neste país em guerra.

A Rússia anunciou nesta sexta-feira que nas últimas 24 horas bombardeou 60 "alvos terroristas", o que representa um grande aumento de seus ataques desde o início de sua intervenção em 30 de setembro, de acordo com a France Presse.

"Os aviões russos realizaram 67 decolagens a partir da base aérea de Jeimim (...) e bombardearam 60 alvos terroristas" nas províncias de Raqa, Latakia, Hama, Idleb e Aleppo, declarou o subchefe do Estado Maior russo, o general Igor Makuchev, segundo a AFP, citando as agências.
Já um segundo ataque aéreo francês contra o Estado Islâmico atingiu Raqa, no norte do país. Os aviões franceses já tinham atacado outras posições do grupo terrorista em 27 de setembro.

Os dois aviões Rafale, que partiram dos Emirados Árabes Unidos com outros caças franceses de escolta, voltaram a atacar um centro de treinamento do EI em Raqa, reduto da organização jihadista e capital do califado proclamado nos territórios sob seu controle no Iraque e na Síria.

O ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, afirmou que nos arredores da cidade “há centros de treinamento de combatentes estrangeiros cuja missão não é ir combater em nome do Daesh no Levante, mas vir à França, à Europa, para cometer atentados”. O Daesh quer dizer Estado Islâmico em árabe.

Escudo humano
A Rússia "considera que é preciso proteger Bashar. Nós consideramos que Bashar não forma parte da solução" ao conflito sírio, insistiu Le Drian.

O ministro da Defesa francês afirmou que o Estado Islâmico utiliza a população civil como escudo humano, tanto no Iraque quanto na Síria, o que complica a escolha dos alvos. "O Daesh se organizou de tal forma que as crianças, as mulheres e os civis estão na linha de frente", disse.
"Os responsáveis se escondem em escolas, mesquitas, hospitais, o que complica a ação da coalizão (internacional liderada pelos Estados Unidos), porque não queremos causar vítimas colaterais", acrescentou.
A França forma parte da coalizão liderada há mais de um ano pelos Estados Unidos, que desde então bombardeia pelo ar alvos do EI na Síria e no Iraque.
No dia 30 de setembro, a Rússia, aliada de Assad, iniciou sua própria campanha aérea na Síria, dizendo querer combater o terrorismo.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

'Herói' de atentado a trem francês foi esfaqueado, diz imprensa americana

Spencer Stone teria sido atacado várias vezes e está em condição estável.
Ele ajudou a neutralizar homem que atacou trem em agosto.

Do G1, em São Paulo
O presidente francês François Hollande concede medalha da Legião de Honra a Spencer Stone durante cerimônia em Paris. Ele e outros três soldados neutralizaram um marroquino que tentava abrir fogo em um trem lotado que ia de Amsterdã para Paris (Foto:  Michel Euler/Pool/Reuters) 
O presidente francês François Hollande concede medalha da Legião de Honra a Spencer Stone durante cerimônia em Paris. Ele e outros três soldados neutralizaram um marroquino que tentava abrir fogo em um trem lotado que ia de Amsterdã para Paris (Foto: Michel Euler/Pool/Reuters)
O americano Spencer Stone, que foi aclamado como herói ao ajudar a neutralizar um homem durante um ataque a um trem francês em agosto deste ano, foi esfaqueado várias vezes no tronco, afirmou a imprensa americana nesta quinta-feira (8).
A polícia disse que o incidente não está relacionado a um ato terrorista e que ocorreu durante uma briga de bar.
A CBS News informou na manhã desta quinta-feira que Jones, que pertence à Força Aérea americana, havia sido "repetidamente esfaqueado" na noite de quarta.
Logo depois, a NBC News afirmou que havia confirmado com a Força Aérea que Jones de fato foi atacado várias vezes após uma briga perto de alguns bares em Sacramento, nos EUA.
Segundo a NBC, o incidente ocorreu por volta de meia-noite e Jones está vivo e em condições estáveis no momento.
O departamento de polícia de Sacramento afirmou no Twitter que o incidente não foi um ato terrorista, ocorreu perto de um bar e parece estar relacionado ao consumo de álcool.
A polícia informou no Facebook que foi avisada por um passante que um sujeito tinha sido esfaqueado. A declaração, que não cita o nome da vítima, diz que ela tinha 20 e poucos anos e foi transportada para o hospital. “Acredita-se que ele estava com um grupo de amigos quando foi esfaqueado na parte de cima do corpo após uma briga”, afirma o texto.
'Heróis'
Em 21 de agosto passado, um marroquino de 25 anos, que carregava um fuzil com nove carregadores, pretendia abrir fogo em um trem de alta velocidade que viajava entre Amsterdã e Paris, quando foi desarmado por Stone junto com outros dois americanos e um britânico.

Stone, um militar de 23 anos, recebeu em setembro a medalha do aviador, a maior distinção concedida a um membro da força aérea "por ato de coragem foram de situação de combate".
Além disso, os quatro foram condecorados na França com a Legião de Honra, a maior outorgada pelo país.
O atirador ainda feriu Stone diversas vezes com um estilete. Eles receberam diversas homenagens após o episódio

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

França e Alemanha pedem união à UE ante crise de migrantes

Giuseppe Cacace/AFP
O presidente francês, François Hollande (D), ao lado da chanceler alemã, Angela Merkel
O presidente francês ao lado da chanceler alemã: "A Europa demorou para compreender que as tragédias do Oriente Médio e da África teriam consequências para ela"
Da AFP
O presidente francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, pediram nesta quarta-feira, em um discurso histórico ante a Eurocâmara, maior unidade à União Europeia para enfrentar a crise de migrantes e a guerra na Síria.
Este foi o primeiro discurso ante os deputados europeus de dois presidentes da França e da Alemanha desde o pronunciado em 1989 por François Mitterrand e Helmut Kohl.
"Não precisamos de menos Europa, e sim de mais Europa. A Europa deve se afirmar, caso contrário veremos o fim da Europa", disse Hollande, que discursou primeiro.
ADVERTISEMENT
Merkel, cujo discurso foi mais breve que o de Hollande, expressou uma mensagem similar, pedindo maior unidade entre os 28 países membros para enfrentar os desafios do bloco.
"É justo agora que precisamos de mais Europa. Precisamos de coragem e coesão, o que a Europa sempre mostrou quando foi necessário", disse Merkel.
Hollande afirmou, por sua vez, que a Europa demorou para medir a importância da crise dos refugiados.
"A Europa demorou para compreender que as tragédias do Oriente Médio e da África teriam consequências para ela", disse o presidente.
A UE enfrenta a pior crise migratória em décadas que ameaça sua unidade e várias políticas comuns sobre as quais repousam sua construção.
Diante da chegada maciça de solicitantes de asilo, os membros do bloco reagiram de maneira diferente. A Hungria construiu um muro em sua fronteira com a Sérvia, e depois cercas na fronteira com a Croácia. Já a Alemanha recebeu de braços abertos centenas de milhares de refugiados sírios.
Em seu discurso, Merkel considerou obsoletas as regras em vigor na União Europeia que obrigam os solicitantes de asilo a apresentarem seu pedido no primeiro país do bloco onde chegam.
"Sejamos francos, o processo de Dublin (como estas regras são conhecidas) em sua forma atual é obsoleto", disse Merkel declarando-se a favor de um "novo procedimento" para dividir igualmente os solicitantes de asilo entre países europeus.
Com o sistema atual, Grécia e Itália, os países na linha de frente do fluxo de imigrantes, assumem o maior peso da gestão e do tratamento dos pedidos de asilo, o que sobrecarrega seus sistemas de acolhida.
Pouco antes, o presidente francês convocou a Europa a agir para evitar uma guerra total na Síria e na região.
"O que acontece na Síria envolve a Europa, o que acontece lá determinará o equilíbrio de toda a região por muito tempo", disse.
"Se deixarmos que os confrontos religiosos se amplifiquem, não devemos pensar que estaremos protegidos: será uma guerra total", estimou Hollande.
"Devemos construir na Síria, com todos os que puderem contribuir, um futuro político que ofereça à população síria outra alternativa que não seja Bashar (al-Assad) ou Daesh" (Estado Islâmico em árabe), disse Hollande, cujo país lançou ataques aéreos contra o grupo EI na Síria.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Premiê francês pede "punição severa" por agressões na Air France

Nesta segunda-feira, dois altos executivos da companhia foram atacados por funcionários revoltados com o plano de ajustes da companhia, que prevê cortar 2.900 vagas de trabalho

- Atualizado em
Xavier Broseta, da Air France, sai da reunião com as roupas rasgadas após anunciar cortes
Diretor de RH da Air France, Xavier Broseta, sai da reunião com as roupas rasgadas após anunciar cortes (Jacky Naegelen/Reuters)
O primeiro-ministro da França, Manuel Valls, afirmou nesta terça-feira que os funcionários que agrediram o chefe de recursos humanos da Air France, Xavier Broseta, devem ser severamente punidos. "Estas são ações de marginais", disse ele na sede da Air France, próximo ao aeroporto Charles de Gaulle, em Paris. "Violência é inaceitável. Deve haver punições severas", completou. Broseta participava de uma reunião para tratar das futuras demissões que ocorrerão na empresa, quando foi atacado por um grupo de funcionários revoltados com os planos de ajuste da companhia. Mesmo escoltado por seguranças, ele teve a camisa rasgada e precisou pular uma cerca para escapar do local.
O presidente francês, François Hollande, também lamentou o episódio, dizendo que ele mancha a imagem do país. "O diálogo social conta. E quando é interrompido pela violência, por protestos que adquirem formas inaceitáveis, vemos as consequências que pode ter para a imagem, o atrativo, do país", afirmou o presidente em Havre (noroeste da França).
O primeiro-ministro também afirmou que o governo, que tem 17,6% das ações da Air France, apoia a gerência da empresa.
Leia também:
Executivo da Air France sai de reunião sobre demissões com a camisa rasgada
Greve provoca cancelamento de voos da Air France
Nesta segunda-feira, a Air France apresentou um novo plano de corte de custos após semanas de negociações frustradas com os sindicatos - representantes dos pilotos se recusavam a voar mais horas pelo mesmo salário. Sob o novo plano, a Air France pretende cortar 2.900 empregos e fechar rotas de longa distância para a Ásia. A transportadora também irá cancelar encomendas de aviões Boeing 787, reduzindo a sua frota.
"Não podemos gastar bilhões de euros para comprar novos aviões se não temos uma visão de rentabilidade futura", disse o presidente-executivo da Air France, Frederic Gagey, que também saiu da reunião ontem com o terno e a camisa rasgados.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Trabalhadores da Air France agridem diretores após demissões



6.770 views 2
Reuters / Jacky Naegelen
Diretor de Recursos Humanos da Air France, Xavier Broseta, é escoltado após ter camisa rasgada por funcionários em protesto
Diretor de Recursos Humanos da Air France, Xavier Broseta, é escoltado após ter camisa rasgada: a direção explicava seus planos de ajuste, que trariam o fim de 2.900 postos de trabalho

Da EFE

Paris - Dezenas de trabalhadores da companhia aérea Air France invadiram nesta segunda-feira a sede do grupo e agrediram membros da direção quando eles apresentavam o plano de ajuste da companhia, que inclui o corte de 2.900 funcionários, as primeiras demissões da história da empresa.
O presidente da Air France, Frédéric Gagey, deixou rapidamente o local ao ver os trabalhadores entrarem, e eles cercaram o diretor de recursos humanos, Xavier Broseta, e rasgaram sua camisa.
A direção condenou essas ações e anunciou que apresentará uma denúncia por "violência agravada".
ADVERTISEMENT
Os sindicatos da companhia aérea tinham convocado um dia de paralisação, que pouco influenciou o tráfego da companhia, e uma manifestação na entrada da sede social da Air France, próxima ao aeroporto parisiense de Charles de Gaulle.
No interior acontecia um Comitê de Empresa em que a direção explicava aos representantes sindicais seus planos de ajuste, que incluem a redução de 10% de sua oferta de voos, o que se traduzirá no fim de 2.900 postos de trabalho.
Um grupo de trabalhadores conseguiu ultrapassar as barreiras de segurança que os impediam de entrar na reunião, o que provocou a suspensão do Comitê.
Diante da crescente concorrência de companhias de baixo custo em voos de curta e média distância e das companhias aéreas do Golfo nos de longo percurso, a Air France formatou um plano de aumento de produtividade que pretendia pactuar com os sindicatos.
Mas na semana passada a empresa deu as negociações por encerradas e acusou os representantes dos pilotos de não quererem ceder, por isso lançou um plano alternativo que passa pela redução da atividade e, pela primera vez em sua história, por demissões.
Segundo os números antecipados aos sindicatos, a empresa pretende demitir nos próximos dois anos 300 pilotos, 700 aeromoças e 1.900 membros das equipes em terra, o que representa 4,5% dos seus 64 mil trabalhadores.
Cinco conexões de longa distância serão encerradas e 14 aviões da frota vendidos, além da reestruturação de algumas de suas rotas.
O governo francês, que tem 17,6% das ações da companhia, apoia os planos da direção, mas através de diversos ministros pediu que as negociações sejam retomadas e que os pilotos façam concessões.
A empresa pede que façam mais horas de voo pelo mesmo salário, o que os pilotos se negam a aceitar, ao argumentarem que suas condições são piores que as de colegas de outras companhias aéreas, como Swiss Air, British Airways e KLM, sócia da Air France.
A companhia francesa considera que a metade de suas rotas de longa distância são deficitárias e que precisa melhorar a produtividade do elenco em 17% para poder voltar a ser competitiva.
A companhia aérea deve apresentar contas equilibradas este ano, mas atribuiu os números à queda dos preços dos combustíveis e à atividade inesperadamente alta no verão do hemisfério norte.

domingo, 4 de outubro de 2015

Chuvas matam ao menos 16 na Riviera Francesa

4 out 2015 12h35

Em algumas áreas da região, choveu em três horas quantidade de água equivalente à de dois meses, transformando ruas em rios. Cinco pessoas estão desaparecidas. Alguns morreram tentando colocar seus carros em segurança.
Pelo menos 16 pessoas morreram em decorrência de fortes chuvas e inundações que atingiram a Riviera Francesa durante a madrugada, e outras cinco estão desaparecidas, segundo informaram autoridades francesas neste domingo (04/10).
Em algumas áreas, em menos de três horas caiu uma quantidade de água equivalente à de dois meses, transformando as ruas de Cannes, Nice e Antibes em rios cheios de detritos.
Em Cannes, sede do famoso festival de cinema, as águas chegaram a arrastar para o mar carros que estavam estacionados na orla, informou a prefeitura.
O presidente francês, François Hollande, visitou a região, acompanhado do seu ministro do Interior, Bernard Cazeneuve. Ele expressou "solidariedade da nação" em relação aos afetados. "Nesses momentos, devemos ser rápidos, eficientes e coordenados", disse. Ele ressaltou, ainda, que a população deve estar preparada para mais chuvas fortes e pediu para que todos tenham cautela.
Garagens subterrâneas
Três pessoas morreram quando a água invadiu um asilo para idosos em Biot, perto de Antibes, e três motoristas se afogaram quando tentavam atravessar com seus carros um pequeno túnel alagado em Vallauris-Golfe-Juan e foram surpreendidos pela subida repentina das águas.
As equipes de resgate em Mandelieu-la-Napoule afirmaram que a água estava tão escura que dificultava a busca por mais corpos em estacionamentos subterrâneos, onde pelo menos sete pessoas morreram. "É apocalíptico", disse o prefeito Henri Leroy. "Há milhares de veículos. Pode haver mais corpos." As autoridades acreditam que muitos morreram tentando colocar seus carros em segurança.
Em Cannes, duas pessoas foram mortas e duas outras estão desaparecidas. O prefeito da cidade, David Lisnard, criticou duramente alguns moradores que, segundo ele, preferiram se preocupar com seus pertences a buscarem segurança. "Não estou julgando, porque eu não sei como reagiria nesta situação, mas parece que tivemos algumas pessoas que ficaram mais apegadas a seus veículos que à própria vida", disse. Nove pessoas foram presas por tentarem roubar lojas após a tempestade, segundo ele.
MD/dpa/afp

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Paris liberará ruas para uso exclusivo de ciclistas e pedestres no dia 27 de setembro

Às vésperas de sediar conferência sobre clima, capital da França organiza amplo movimento para ocupação de espaço público e mobilidade urbana
Veículos serão proibidos de circular pelas principais vias de Paris entre as 11h e as 18h no dia 27 de setembro, em uma iniciativa conhecida como "Journée sans Voiture" ("Dia sem Carro") que busca conscientizar as pessoas sobre a poluição e repensar as maneiras de ocupar o espaço público.
Flickr/CC

'Journée Sans Voiture', edição de 2014: ciclistas ocuparam a turística avenida Champs Élysées

Na ocasião, várias importantes avenidas e praças serão totalmente reservadas especificamente para pedestres e ciclistas em ao menos nove arrondissements (distritos), sobretudo no centro da capital.

Entre as vias que participarão, destacam-se as praças da Concórdia, República e Bastilha, e bulevares como os de Saint-Germain e Montmartre. Outros locais turísticos, como perímetros da Champs Élysées e da Torre Eiffel também terão determinadas ruas interditadas.

Grafite de Banksy em trailer é leiloado por mais de R$ 2 milhões em Paris

Nova lei exige que motoristas paguem para estacionar em qualquer rua de Paris

Criada por francesa, escola de moda no Vidigal, no RJ, estimula criatividade de jovens de favelas


Anunciada formalmente pela administração da capital francesa em 5 de agosto, a medida já tinha sido antecipada pela prefeita, Anne Hidalgo, desde março passado. Além disso, a ação vem meses antes da cidade sediar a COP-21, conferência internacional das Nações Unidas sobre mudanças climáticas que ocorrerá entre 30 de novembro e 11 dezembro.

De fato, essa não será a primeira vez que Paris organiza um "dia sem carros". Desde o fim dos anos 1990, a capital participou de diversas iniciativas do gênero, que fazem parte de mobilizações em escala europeia pela mobilidade sustentável nos centros urbanos.

Durante períodos de seca que acarretam estados de emergência em virtude da poluição, a Prefeitura de Paris já chegou a liberar transporte público gratuito, inclusive de bicicletas, para seus cidadãos.

sábado, 1 de agosto de 2015

Protocolo de Paris será maior acordo climático do mundo com 190 signatários

Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP21), que ocorrerá entre 30 de novembro e 11 de dezembro próximo, em Paris, na França

Publicado em 01/08/2015, às 09h07


Da Agência Brasil

Conferência sobre Mudança do Clima (COP21), ocorrerá entre 30 de novembro e 11 de dezembro próximo, em Paris / Foto: Reprodução

Conferência sobre Mudança do Clima (COP21), ocorrerá entre 30 de novembro e 11 de dezembro próximo, em Paris


Foto: Reprodução


Há pouco mais de 100 dias para o início da 21ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP21), que ocorrerá entre 30 de novembro e 11 de dezembro próximo, em Paris, na França, a perspectiva é de assinatura do maior acordo climático do mundo. O Protocolo de Paris vai substituir o Protocolo de Kyoto, que entrou em vigor em fevereiro de 2005. Mas ao contrário do acordo anterior, que tinha metas específicas para um grupo de menos de 40 países desenvolvidos, o Protocolo de Paris será um acordo global que envolverá mais de 190 países que fazem parte da Convenção do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU).
Para o coordenador do Observatório do Clima, rede de organizações não governamentais (ONGs) e movimentos sociais que atuam na agenda climática brasileira, André Ferretti, a realidade do mundo mudou bastante de lá para cá. “Muitos países que naquela época tinham um papel bem menor nas emissões globais assumiram posições de mais emissões – como a China – e a economia dos países emergentes evoluiu na economia global em relação ao que ocorria nos anos de 1990. Isso por si só já exige novas formas de tratar da questão”, disse.
O novo acordo será uma espécie de guia de desenvolvimento para o futuro. Ferretti explicou que, por mais que se trate o protocolo como uma discussão ambiental, ele é, na verdade, uma discussão de desenvolvimento, já que vai estabelecer parâmetros para os países signatários seguirem durante as próximas décadas, “até a metade do século, pelo menos”. O intuito é estabilizar as emissões de gases de efeito estufa (GEE), “para que, ao final do século, não ultrapasse aquecimento superior a 2 graus Celsius (°C) em relação ao que havia no período pré-industrial”.
O coordenador do Observatório do Clima disse que a temperatura da Terra já subiu cerca de 0,8% desde a revolução industrial até hoje. “Estamos falando de um máximo de 1,2 graus. Acima disso, as consequências poderiam ser desastrosas para a humanidade”. Cientistas alertam que nem a espécie humana, nem muitas espécies de animais e plantas passaram por uma temperatura média tão alta. “Então, os riscos são muito maiores”.
Por essa razão, Ferretti afirmou que os países precisam entrar em um acordo. Eles devem apontar medidas domésticas que pretendem colocar em prática para um horizonte de curto prazo, entre 2025 e 2030 e, depois, para um horizonte mais longo, até 2050. A ONU estabeleceu o prazo até 1º de outubro para que os países apresentem suas propostas de redução das emissões de GEE, que constituem a principal causa do aquecimento global. Poucos países encaminharam suas propostas até agora, entre eles estão Noruega, Gabão, Suíça, México e Estados Unidos.
O Brasil, segundo Ferretti, está atrasado no envio de suas metas porque, embora o prazo final seja o início de outubro, havia uma solicitação formal do secretariado da Convenção do Clima para que as propostas fossem enviadas até o final de março, para facilitar a evolução das negociações, uma vez que as propostas terão de ser traduzidas para as seis línguas oficiais da ONU (inglês, francês, espanhol, árabe, chinês e russo). Além disso, o esforço de cada país pode ser apresentado em bases distintas umas das outras e ele terá de ser colocado em uma mesma base, para ver o que a população global pretende fazer. “Se o Brasil e outros países deixarem para outubro, corre-se o risco de se chegar no dia 30 de novembro com esses números [de emissões] ainda não muito claros”.
Na avaliação do Observatório do Clima, o Brasil – que esteve sempre na liderança nas negociações internacionais de clima, desde a assinatura da Convenção do Clima, em 1992, no Rio de Janeiro, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92) – “nos últimos anos se acomodou”. O governo brasileiro conseguiu reduzir o desmatamento na Amazônia, principal fonte de emissões no país, após 2004, mas a partir daí “ficou em uma situação muito confortável”. Ferretti lembrou, porém, que o Brasil continua emitindo gases de efeito estufa por desmatamento na Amazônia, no Cerrado, na Caatinga e em outros biomas.
A última estimativa feita pela Rede Observatório do Clima, com base em dados de 2013, mostra que a mudança de uso da terra equivale a 34,6% das emissões brasileiras; energia, 30,2%; agropecuária, 26,6%; indústria, 5,5%; e resíduos, 3,1%. “A gente vê que agropecuária, energia e mudança de uso da terra, juntas, representam mais de 90% das emissões. Infelizmente, o Brasil, nessa última década, aumentou suas emissões em todos os setores avaliados. Só conseguiu reduzir na mudança do uso da terra. E mesmo aí, nós aumentamos um pouco, de novo, nos dois últimos anos”, alertou.
Para o ambientalista, o Brasil está na contramão dos investimentos em fontes limpas de energia. Enquanto países como China e Coreia estão investindo muito em fontes renováveis, como solar e eólica (dos ventos), o Brasil, de acordo com o Plano de Expansão Decenal de Energia 2014/2023, prevê investir em torno de 71% dos investimentos projetados de R$ 1,263 trilhão em combustíveis fósseis e apenas 9,2% em fontes renováveis.
Todas essas questões serão debatidas no 8º Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação (Cbuc), que ocorrerá no período de 21 a 25 de setembro próximo, em Curitiba (PR). Está programado um simpósio com participação de especialistas internacionais, para discutir o tema da adaptação às mudanças climáticas, de forma a reduzir os impactos delas para a sociedade em geral.

Palavras-chave

quarta-feira, 3 de junho de 2015

22252
París quiere ser la capital mundial de la bicicleta
La capital francesa no ceja en su empeño de convertirse también en la capital mundial de la movilidad sostenible. La política municipal parisina quiere acabar con la polución atmosférica, y el coche es el enamigo público número uno.
¿Promocionar las bicicletas, los coches eléctricos, los patines, primar al peatón? Sin duda, todo ello son piezas clave de un mismo puzzle, tácticas que forman parte de una estrategia verde que busca la restricción de la circulación del coche, principal causante de la polución ambiental.
Demasiados coches, demasiada polución, opinan sus combativos alcaldes desde hace más de un lustro. Y es que la lucha por un París sin coches lleva años activa, pero solo en los últimos años se ha declarado una guerra abierta, sin tregua.

Más de 40.000 muertes prematuras

Gracias a medidas aplicadas en este último periodo, relacionadas con la prohibición de los coches diésel, restricciones del parque automovilístico más viejo, creación de zonas peatonales e incluso medidas de emergencia como la gratuidad del transporte público o la circulación en días alternos, la contaminación del aire en París se ha disminuido de forma significativa en los últimos años.
La polución atmosférica es la causa de alrededor de 40.000 muertes prematuras. Según los datos de la agencia de vigilancia de la polución Airparif, de dos a cuatro millones de parisinos están personas están expuestos anualmente a una calidad del aire que no cumple con las normas europeas. Su nivel de contaminación alcanza niveles tan graves que superan a las registradas en Beijin y Nueva Delhi, las urbes más polucionadas del mundo.
París quiere ser la capital mundial de la bicicleta
Los parisinos que utilizan su coche tienen lo suyo. También se han tomado medidas para que los residentes se piensen muy mucho si les vale la pena mantener su coche, tanto por el brutal aumento de las tarifas para aparcarlos en la calle como por prohibiciones de aparcamiento durante el mes de agosto o el aumento de los impuestos de circulación.

Capital mundial de la bicicleta

Este afán recaudador tiene un doble objetivo: disuadir e invertir en proyectos que vistan a la ciudad de verde. Sin ir más lejos, París tiene previsto convertirse en la “capital mundial de la bicicleta”, tal y como afirmó hace apenas unos días su alcaldesa, Anne Hidalgo, en la presentación de una ambiciosa iniciativa que busca transformar la ciudad del amor en la urbe reina de la movilidad sostenible.
París quiere ser la capital mundial de la bicicleta
Para ganar tal título, la capitalidad mundial de la bici, tendrá que dar duro a los pedales y, entre otras cosas, pedir permiso a ciudades como Amsterdam. No obstante, entusiasmo y ganas no faltan, y el consistorio invertirá la bonita e increíble cifra de 150 millones de euros para duplicar el número de carriles bici en la ciudad, la instalación de nuevos aparcamientos de bicicletas e incentivar a su compra.

Cambiar el coche por la bicicleta es el principal objetivo, y se espera un gran éxito, habida cuenta de la gran popularidad que tiene la bici. Si el plan sale según lo previsto, el número de desplazamientos en bicicleta en París se triplicará, alcanzando del cinco por ciento actual a un 15 por ciento en 2020.
París quiere ser la capital mundial de la bicicleta
Se ha diseñado una “vía rápida” (se podrá circular a un máximo de 50 km/h) que permitirá recorrer 80 km de carriles bici bidireccionales a lo largo de algunas de las principales avenidas de la ciudad. Dentro del plan, que se terminará de ejecutar dentro de cinco años, se introducirá un sistema de alquiler de bicis eléctricas, se añadirán nuevos carriles y se ampliarán otros, con una longitud total de vías ciclistas de 1.400 kilometros.

Meses antes de la Cumbre mundial del clima (COP21) que celebrará París a finales de año, la capital gala celebrará por primera vez su Día sin coche. Los cambios verdes que experimenta la ciudad también podrían encontrar un inigualable escaparate si consiguen albergar los Juegos Olímpicos de 2024, evento para el que presentará candidatura en junio próximo, enfrentándose a Ahmburgo, Roma y Boston. Para entonces, si la política municipal sigue apostando por una ciudad sin coches, la capital francesa podría ser todo un referente mundial en movilidad sostenible.

segunda-feira, 11 de maio de 2015



Hollande pede aos EUA abolição de embargo contra Cuba



O presidente francês, François Hollande, pediu nesta segunda-feira, dia 11, que os Estados Unidos deem um fim ao embargo econômico imposto a Cuba. O anúncio foi feito na Universidade de Havana durante um discurso do mandatário, que está visitando o país latino-americano.
Hollande, o primeiro líder político europeu a viajar à ilha em 55 anos, também disse que quer contribuir com a abertura internacional de Cuba e que fará o possível "para que essas medidas que danificaram tanto o seu desenvolvimento possam finalmente ser anuladas e suspensas".
O presidente francês chegou ao país na noite do último domingo (10) e foi recebido pelo vice-ministro das Relações Exteriores Rogelio Sierra. Já nesta segunda-feira, Hollande se encontrou com seu homólogo cubano, Raúl Castro, com o cardeal Jaime Ortega, mais alto representante da Igreja Católica na ilha, a quem entregou a insígnia de Comandante da Legião de Honra, e com Fidel Castro.
Sobre sua viagem, o mandatário disse que está "muito emocionado" e que "é muito simbólico ser o primeiro presidente ocidental a participar deste modo da abertura de Cuba ao mundo".
A visita de François Hollande a Cuba também causou polêmica. O jornal francês "Libération" publicou em sua capa uma montagem do presidente com a icônica foto do guerrilheiro Ernesto Che Guevara.
A fusão entre as duas imagens não agradou a muitos setores políticos do país, principalmente aos líderes de extrema-esquerda, que disseram que Hollande e o revolucionário não têm "nada em comum". "Querem matar Che Guevara? Não? Então o deixem em paz", comentou o líder do Novo Partido Anticapitalista (NPA), Olivier Besancenot.
  
Tags: Cuba, embargo, fidel, França, Relações