sábado, 14 de julho de 2012


A Queda da Bastilha

INTRODUÇÃO

Segundo a historiografia tradicional, a Queda da Bastilha marca o início da Revolução Francesa. Não há dúvida de que o movimento popular em Paris tenha grande significado, porém a Revolução deve ser vista como um processo, onde é necessário analisar a situação econômica do país, os interesses de classes envolvidos e os interesses dos demais países europeus.


A Queda da Bastilha



A BASTILHA

A Bastilha foi construída em 1370 e tornou-se uma prisão durante o reinado de Carlos VI; no entanto foi durante a Regência do Cardeal Richelieu, no século XVII que tornou-se uma prisão para nobres ou letrados, adversários políticos, aqueles que se opunham ao governo ou mesmo `a religião oficial.
No dia 14 de julho a Bastilha abrigava apenas 7 prisioneiros, no entanto a multidão invadiu-a tanto por representar um símbolo do absolutismo, como para tomar as armas que haviam em seu interior.

A REVOLUÇÃO

A importância da Queda da Bastilha reside no fato de que a partir desse momento a revolução conta com a presença das massas trabalhadoras, deixando de ser apenas um movimento onde deputados julgavam que poderiam eliminar o Antigo Regime apenas fazendo novas leis.
A gravidade da crise econômica havia envolvido todo o país em uma situação caótica: os privilégios dados à nobreza e ao Alto Clero dilapidaram as finanças do país, situação ainda mais agravada com a participação da França na Guerra de Independência dos EUA em ajuda aos colonos e palas secas, responsáveis por uma crise agrária, que levava os camponeses miséria extrema e determinava o desabastecimento das cidades assim como a retração do comércio interno.


O Rei Luís XVI


Na medida em que a nobreza recusou-se a abrir mão de seus privilégios, o rei Luís XVI viu-se forçado a convocar a Assembléia dos Estados Gerais, que reuniria os representantes da Nobreza, do Clero e do Povo ( burgueses). As manobras políticas da realeza tinham por objetivo fazer aprovar nova legislação, que preservaria os privilégios do 1° e 2° estados e ao mesmo tempo sobrecarregariam o 3° estado.


Reunião da Assembléia Nacional


Em17 de junho os representantes do povo se auto proclamam Assembléia Nacional. Esse fato representa de um lado o grau de organização e a consciência da burguesia, ancorada pelos ideais do Iluminismo, e ao mesmo tempo nos dá idéia de qual era a perspectiva de Revolução para essa classe social, eliminar o Antigo Regime, através de uma reforma na legislação, forçando o rei a aceitar o organização de um poder legislativo responsável pela elaboração das leis.
Enquanto os deputados se reuniam na Assembléia, o rei reunia tropas na tentativa de evitar o movimento revolucionário, foi nesse contexto que formou-se a "Milícia de Paris" e no dia seguinte as ruas e a Bastilha eram do povo.
O movimento revolucionário saia às ruas; percebia-se que somente com a participação e o apoio popular poderiam haver mudanças significativas. Apesar de organizada e armada, a camada popular urbana defendia a manutenção da Assembléia Constituinte e portanto acreditava que as novas leis poderiam trazer uma mudança significativa.


A rebelião camponesa no interior


Ao contrário, no campo, a situação era de marcada por grande radicalização caracterizada por invasões de propriedades senhoriais,,onde muitos nobres foram executados, cartórios invadidos, onde os títulos de propriedade feudal eram queimados. Os camponeses não possuíam uma ideologia definida e nem um projeto acabado, porém o movimento -- Grande Medo - refletia a situação de profunda miséria vivida no campo
Ao fugir do controle da burguesia, o movimento camponês foi responsável por uma das primeiras mudanças significativas da Revolução: a 26 de agosto foi aprovada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de inspiração iluminista, defendia o direito a liberdade, à igualdade perante a lei, a inviolabilidade da propriedade privada e o direito de resistir à opressão.                                

terça-feira, 3 de julho de 2012

Investigadores fazem buscas na casa e no escritório de Sarkozy em Paris (Postado por Lucas Pinheiro)

Investigadores fizeram buscas nesta terça-feira (3) na casa e no escritório do ex-presidente da França Nicolas Sarkozy por conta do caso do susposto financiamento ilegal de sua campanha eleitoral, em 2007, pela herdeira da fábrica de cosméticos L'Oréal.
O ex-presidente é ameaçado por questões legais desde que perdeu o cargo, em maio, para o socialista François Hollande.
O juiz Jean-Michel Gentil e cerca de dez policiais da unidade de crimes financeiros de Paris fizeram a investigação.

Ele, que perdeu a imunidade legal em 15 de junho, nega irregularidades.
O ex-presidente viajou na segunda-feira com sua família para o Canadá, segundo seu advogado, Thierry Herzog.
O site do jornal "Le Monde" também se referiu a uma busca no escritório de advocacia, ao qual Nicolas Sarkozy é associado, o que ainda não foi confirmado por fontes ligadas à investigação.

"Essas buscas, mesmo após o meu encaminhamento ao magistrado de todos os elementos necessários, há 15 dias, vão se revelar, como podemos esperar, procedimentos desnecessários", declarou Herzog.
Os documentos enviados por ele ao juiz mostram, segundo ele, "a absoluta impossibilidade de supostos 'encontros secretos' com Liliane Bettencourt", a herdeira do grupo L'Oréal.

Herzog afirma que na carta informou ao juiz "que todas as viagens e lugares por onde Nicolas Sarkozy passou em 2007, estavam sob o controle dos policiais responsáveis pela sua segurança".
Disputa familiar
O caso do financiamento ilegal veio à tona em 2010, durante uma disputa familiar pela fortuna de Liliane Bettencort, considerada a mulher mais rica da França.
O ex-contador dela afirmou que o ex-administrador de sua fortuna, Patrice de Maistre, pediu 150 mil euros no começo de 2007 a fim de entregá-los ao ex-ministro Eric Woerth, que foi tesoureiro da campanha de Sarkozy.

Funcionários dos Bettencourt disseram em seguida que tinham visto Sarkozy em pessoa na casa dos patrões, durante a campanha presidencial de 2007.
As acusações ajudaram a engrossar o coro dos opositores de Sarkozy, que já o criticavam pela maneira como conduziu o país em meio à recessão.
O caso também levou a um debate paralelo sobre a liberdade de imprensa. O "Le Monde" acusou o governo de usar contrainteligência para descobrir quem era sua fonte sobre a investigação. O governo, à época, negou.