quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Crise econômica atinge a França, que já registra estagnação

23/9/2014 14:46
Por Redação, com agências internacionais - de Paris

François Hollande
O presidente francês, François Hollande, dirige um país em plena crise
 
A França registrou estagnação no segundo trimestre, após também ter estagnado nos primeiros três meses do ano, informou nesta terça-feira a agência de estatísticas INSEE, confirmando estimativa preliminar. O relatório da INSEE sobre o Produto Interno Bruto (PIB) também mostrou que as margens de lucro corporativo tiveram leve queda no segundo trimestre, para 29,3% ante 29,8% no trimestre anterior. A taxa de poupança de famílias permaneceu estável em 15,9%, enquanto o crescimento da receita disponível bruta desacelerou para 0,5% ante 1,3% no primeiro trimestre, segundo a INSEE. Os resultados detalhados sobre o PIB francês entre os meses de abril e junho confirmam o que foi antecipado em meados de agosto, o que levou o governo a reconhecer que o país não cumprirá seus objetivos em 2014.
No conjunto do ano, a França acumula um crescimento de 0,3%. As exportações, que tinham avançado 0,6% no primeiro trimestre, desaceleraram para alta de 0,1%, enquanto as importações diminuíram quatro décimos, até 0,4%. No total, o comércio exterior teve um impacto negativo de 0,1 ponto percentual no PIB do segundo trimestre, acrescentou o INSEE.
Por sua parte, a despesa de consumo das famílias subiu 0,4%, após queda de 0,6% no primeiro trimestre, mas a formação bruta de capital fixo (o investimento) prosseguiu sua tendência de baixa, passando de queda de 0,9% para recuo de 1,1%. Já a produção de bens se contraiu 0,1%, após o avanço de 0,2% no trimestre anterior.
Em linha com a crise europeia, nas contas da Organização Mundial do Comércio (OMC), o comércio mundial de bens crescerá 3,1% neste ano, bem menos que os 4,6% estimados em abril deste ano, disse nesta terça-feira. A OMC informou que reduziu sua projeção devido a um crescimento econômico fraco e a uma demanda baixa por importação no primeiro semestre de 2014. A organização acrescentou que o crescimento do comércio em 2015 provavelmente alcançará 4,0%, em vez de 5,3%, como se esperava no relatório anterior.

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