O socialista François Hollande conquistou neste domingo (22) o primeiro turno da eleição presidencial na França, marcado pelo índice surpreendente de votos conquistados pela candidata da extrema-direita, Marine Le Pen.
Segundo os resultados quase definitivos divulgados pelo Ministério do Interior, com aproximadamente 99% da apuração, o candidato socialista obteve 28,56% dos votos à frente de Nicolas Sarkozy (27,07%), que perdeu a aposta de levar o primeiro turno, para estabelecer uma nova dinâmica para o segundo.
A candidata da extrema-direita, Marine Le Pen, chega em terceiro lugar, com 18,12%, seguida pelo representante da esquerda radical Jean-Luc Mélenchon (11,10%) e do centrista François Bayroux (9,11%).Sarkozy e Hollande vão disputar o segundo turno em 6 de maio.
Segundo duas pesquisas realizadas na noite eleitoral pelos institutos Ipsos e Ifop, François Hollande vencerá a eleição presidencial com 54% ou 54,5% dos votos contra 46% ou 45,5% de Nicolas Sarkozy.
"Estou confiante", declarou o vencedor do primeiro turno, considerando-se "candidato da união" e "aquele em melhor posição para se tornar o próximo presidente da República". "A Frente Nacional nunca tinha chegado a um nível como este", afirmou. "É um novo sinal que aparece de repente diante de meus olhos".
O atual presidente também manifestou sua "confiança", propondo "três debates" com seu adversário, "sobre questões econômicas e sociais, de sociedade e temas internacionais".
François Hollande já recusou, afirmando querer apenas um debate, como é a tradição na França.
ComparecimentoO comparecimento dos franceses às urnas ficou acima do esperado, num primeiro turno dominado pela crise econômica. A taxa de participação chegou a mais de 80%, segundo estimativas dos institutos de pesquisa, uma taxa muito elevada, apesar de menor que em 2007 (83,77%).
Essas cifras dissipam a preocupação com uma grande abstenção, expressada durante uma campanha que pouco envolveu os franceses, que não viam no pleito soluções para suas dificuldades.
Em duas semanas, os eleitores vão escolher quem será o presidente nos próximos cinco anos de uma das principais economias mundiais, potência nuclear e membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, com um poder como poucos no mundo democrático.
Considerado há meses vencedor no segundo turno, com 55% dos votos em média, François Hollande, 57 anos, está em posição de força para se tornar o primeiro presidente de esquerda desde François Mitterrand (1981-1995).
Com pouca experiência em cargos de peso, este homem que passa a imagem de sobriedade deverá poder contar no segundo turno com os votos dos eleitores de Jean-Luc Mélenchon e da ecologista Eva Joly.
A crise na zona do euro esteve presente na campanha, através da explosão de déficits, da taxa de desemprego (mais de 10% da população economicamente ativa), da questão do protecionismo europeu e da justiça fiscal.
"Nunca deixei de votar mas, desta vez, sinto muito pouco entusiasmo. No plano econômico, há pouca diferença entre os dois candidatos", comentava em Paris uma eleitora de 62 anos, Isabelle Provost.
Foi neste contexto que François Hollande traçou sua estratégia metodicamente, sem levantar a multidão, mas destacando suas prioridades - o emprego dos jovens e o crescimento.
O ex-líder do Partido Socialista (1997-2008) conseguiu fazer esquecer sua falta de experiência no governo, transformando a eleição num referendo contra Sarkozy, mergulhado em recordes de impopularidade.
Após a divulgação dos números, Jean-Luc Mélenchon convocou seus eleitores a "derrotar Sarkozy" e pediu votos para Hollande. "Nosso povo está decidido a por um ponto final na página dos anos Nicolas Sarkozy", afirmou.
A candidata ecologista Eva Joly (2%) também pediu apoio a Hollande.
Todos os demais candidatos obtiveram menos de 2% dos votos.
Já o diretor de campanha de Marine Le Pen, Florian Philippot, disse que ela anunciará no dia 1º de maio sua posição para o 2º turno.
Segundo os resultados quase definitivos divulgados pelo Ministério do Interior, com aproximadamente 99% da apuração, o candidato socialista obteve 28,56% dos votos à frente de Nicolas Sarkozy (27,07%), que perdeu a aposta de levar o primeiro turno, para estabelecer uma nova dinâmica para o segundo.
A candidata da extrema-direita, Marine Le Pen, chega em terceiro lugar, com 18,12%, seguida pelo representante da esquerda radical Jean-Luc Mélenchon (11,10%) e do centrista François Bayroux (9,11%).Sarkozy e Hollande vão disputar o segundo turno em 6 de maio.
Segundo duas pesquisas realizadas na noite eleitoral pelos institutos Ipsos e Ifop, François Hollande vencerá a eleição presidencial com 54% ou 54,5% dos votos contra 46% ou 45,5% de Nicolas Sarkozy.
"Estou confiante", declarou o vencedor do primeiro turno, considerando-se "candidato da união" e "aquele em melhor posição para se tornar o próximo presidente da República". "A Frente Nacional nunca tinha chegado a um nível como este", afirmou. "É um novo sinal que aparece de repente diante de meus olhos".
O atual presidente também manifestou sua "confiança", propondo "três debates" com seu adversário, "sobre questões econômicas e sociais, de sociedade e temas internacionais".
François Hollande já recusou, afirmando querer apenas um debate, como é a tradição na França.
ComparecimentoO comparecimento dos franceses às urnas ficou acima do esperado, num primeiro turno dominado pela crise econômica. A taxa de participação chegou a mais de 80%, segundo estimativas dos institutos de pesquisa, uma taxa muito elevada, apesar de menor que em 2007 (83,77%).
Essas cifras dissipam a preocupação com uma grande abstenção, expressada durante uma campanha que pouco envolveu os franceses, que não viam no pleito soluções para suas dificuldades.
Em duas semanas, os eleitores vão escolher quem será o presidente nos próximos cinco anos de uma das principais economias mundiais, potência nuclear e membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, com um poder como poucos no mundo democrático.
Considerado há meses vencedor no segundo turno, com 55% dos votos em média, François Hollande, 57 anos, está em posição de força para se tornar o primeiro presidente de esquerda desde François Mitterrand (1981-1995).
Com pouca experiência em cargos de peso, este homem que passa a imagem de sobriedade deverá poder contar no segundo turno com os votos dos eleitores de Jean-Luc Mélenchon e da ecologista Eva Joly.
A crise na zona do euro esteve presente na campanha, através da explosão de déficits, da taxa de desemprego (mais de 10% da população economicamente ativa), da questão do protecionismo europeu e da justiça fiscal.
"Nunca deixei de votar mas, desta vez, sinto muito pouco entusiasmo. No plano econômico, há pouca diferença entre os dois candidatos", comentava em Paris uma eleitora de 62 anos, Isabelle Provost.
Foi neste contexto que François Hollande traçou sua estratégia metodicamente, sem levantar a multidão, mas destacando suas prioridades - o emprego dos jovens e o crescimento.
O ex-líder do Partido Socialista (1997-2008) conseguiu fazer esquecer sua falta de experiência no governo, transformando a eleição num referendo contra Sarkozy, mergulhado em recordes de impopularidade.
Após a divulgação dos números, Jean-Luc Mélenchon convocou seus eleitores a "derrotar Sarkozy" e pediu votos para Hollande. "Nosso povo está decidido a por um ponto final na página dos anos Nicolas Sarkozy", afirmou.
A candidata ecologista Eva Joly (2%) também pediu apoio a Hollande.
Todos os demais candidatos obtiveram menos de 2% dos votos.
Já o diretor de campanha de Marine Le Pen, Florian Philippot, disse que ela anunciará no dia 1º de maio sua posição para o 2º turno.
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