Proposta votada aumentará a idade mínima da aposentadoria de 60 para 62 anos em todo o país
O Senado da França aprovou, ontem, a reforma previdenciária, já adotada pela Assembleia Nacional, que vem causando, desde o início do semestre, um enorme movimento de contestação e a maior crise do mandato do presidente Nicolas Sarkozy.O Senado aprovou o projeto por 177 votos a favor e 153 contra. O partido no poder, UMP (direita), e os centristas aliados à maioria votaram a favor. A oposição, partidos socialistas, comunistas e verdes, votaram contra. A aprovação definitiva do texto deve acontecer na quarta-feira, informou o ministro das Relações com o Parlamento, Henri de Raincourt.
O presidente francês deve anunciar uma modificação no gabinete logo após. A reforma vai aumentar a idade mínima de aposentadoria de 60 para 62 anos e a idade para a integral de 65 para 67 anos. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, fez da reforma impopular a medida mais importante de final de mandato, a 18 meses das eleições presidenciais.
– Este momento é solene porque é o momento da lucidez, da responsabilidade, da coragem. Um dia nossos adversários vão reconhecer – declarou o ministro do Trabalho, Eric Woerth, concluindo três semanas de debates.
Já a oposição reclamou do resultado da votação.
– Vocês não acabaram com os aposentados. Vocês ignoraram o que os franceses expressaram, não ouviram nenhuma de suas propostas, a reforma de vocês é injusta – advertiu, antes, o líder do PS no Senado, Jean-Pierre Bel. Os sindicatos, que a julgam “injusta”, mantêm a pressão com seis dias de ações nacionais desde o início de setembro e níveis de mobilização recordes. Convocaram dois novos dias de manifestações, marcadas para os dias 28 de outubro e 6 de novembro.
As greves prosseguem principalmente nas refinarias, provocando escassez de combustíveis em postos de gasolina e uma desaceleração das atividades de alguns setores da economia do país.
Paris
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