Como 'visão' do momento político e golpes de sorte tornaram Macron favorito à Presidência da França
24 abr 2017
12h27
atualizado às 12h32
Totalmente desconhecido dos franceses há apenas três anos, quando se
tornou ministro da Economia do presidente François Hollande, o centrista
Emmanuel Macron é o primeiro candidato de um partido que nunca disputou
eleição no país a chegar ao segundo turno de uma eleição presidencial.
A imprensa francesa chegou a chamá-lo de "óvni" político quando entrou
na corrida presidencial - afinal, era um "jovem", de 39 anos,
concorrendo por uma sigla que acabara de ser criada. Agora, é o favorito
para o cargo de presidente da terceira economia da Europa.
"Ninguém podia imaginar que um homem como Macron poderia se tornar o
próximo presidente da França", diz o cientista político Martial
Foucault, diretor do Cevipof (Centro de Pesquisas Políticas), da
renomada universidade Sciences Po de Paris.
"Se Macron vencer, será uma ruptura na história política da França.
Será a vitória de alguém que não pertence a nenhum partido
institucionalizado e a nenhuma organização", completa Foucault.
Macron venceu o primeiro turno no domingo com 23,75% dos votos e
enfrentará Marine Le Pen, da extrema-direita, que obteve 21,53%.
Pesquisas realizadas após a contagem do primeiro turno preveem ampla
vantagem de Macron no pleito derradeiro do dia 7 de maio, dizendo que
ele levaria de 61% a 64% dos votos.
O "movimento" do centrista, En Marche! (Em Marcha), foi criado há
apenas um ano, depois que pediu demissão do cargo de Ministro da
Economia do governo do socialista Hollande.
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