sexta-feira, 1 de julho de 2011

Príncipe de Mônaco e Charlene são declarados marido e mulher (Postado por Erick Oliveira)

O príncipe Albert II e Charlene Wittstock foram declarados marido e mulher nesta sexta-feira (1º), em uma cerimônia civil na Sala do Trono, em Mônaco.
Vestida de azul, a cor de seus olhos, a jovem loira e alta recebeu o título de Alteza Sereníssima Princesa de Mônaco durante a cerimônia, que foi transmitida em grandes telões na praça do Palácio, onde se reuniram centenas de monegascos, convidados a ser testemunhas da união civil.
A breve cerimônia foi presidida por Philippe Narmino, presidente do Conselho de Estado do principado.
Após o casamento civil, que foi oficiado por Philippe Narmino, presidente do Conselho de Estado e diretor de serviços judiciais de Mônaco, o casal saiu ao balcão do Palácio para saudar seus súditos.
Albert II e a ex-nadadora sul-africana casam-se após cinco anos de namoro.
O casamento atraiu novamente a atenção da mídia ao pequeno país europeu às margens do Mar Mediterrâneo. A cerimônia religiosa vai ser realizada no sábado (2).
A cerimônia  promete ser uma das mais marcantes na história da realeza de Mônaco desde o casamento de Grace Kelly com o pai de Albert, o príncipe Rainier, em uma suntuosa cerimônia em 1956.
Albert, soberano do principado de Mônaco, é o segundo filho da princesa Grace e do príncipe Rainier, ambos já falecidos. A imprensa internacional costumava destacar com frequência os supostos romances que ele já manteve com mulheres famosas, como Brooke Shields, Naomi Campbell e Claudia Schiffer. Ele tem uma irmã mais velha, Caroline, e outra mais nova, Stephanie.
Festa popular
Na tentativa de fazer do casamento de Estado um ato o mais popular possível, estão programadas ainda mais de 200 atrações durante os dois dias, com espetáculos de rua e musicais. Desde dias antes das cerimônias, já tremulavam no principado as bandeiras oficiais de Mônaco, da África do Sul e a do emblema oficial do casamento.
Para que ninguém perdesse nenhum detalhe das cerimônias em que Charlene será transformada em princesa de Mônaco, foram instaladas oito grandes telas, duas delas na Praça do Palácio, uma em frente à catedral e três no píer Alberto I, transmitindo as cerimônias. Para que os cidadãos do principado não percam nada, foi decretado feriado nos dois dias.
Horas antes da cerimônia, anunciada mais como uma festa popular que como um casamento real, turistas passeavam pela praça do Palácio.
Para o ministro de Estado do Principado, Michel Roger, a família Grimaldi "tem há 700 anos um vínculo muito estreito com os cidadãos", e Albert II quis ressaltar esta relação convidando os súditos a compartilhar as festividades.
"É claro que existe glamour, luxo e qualidade, e estamos orgulhosos de tudo isso, mas queremos arredondar essa imagem com outra de abertura e amabilidade", afirmou o delegado geral de Turismo, Michel Bouquier.
A expectativa é que, nos dois próximos dias, cerca de 200 mil pessoas participem da festa, mas é justamente essa afluência em massa de visitantes a principal "ameaça" e fonte de hipotéticos problemas para o serviço de segurança.
Para os quiserem guardar uma lembrança não faltam opções disponíveis em um elegante catálogo de artigos, com preços que oscilam de 2 euros para moedas comemorativas a 480 euros no caso de um pingente com o emblema do casamento: as iniciais de Albert e Charlene, entrelaçadas em uma coroa.
Polêmicas
Albert e a noiva têm se esforçado para manter a impressão de tranquilidade, após a revista francesa "L'Express" ter informado que o casamento poderia não ocorrer.
Sob o título "Albert-Charlene, Perigo sobre o casamento", a revista informa que os problemas do casal começaram na semana passada, o que levou Wittstock a partir precipitadamente de Mônaco em direção ao aeroporto de Nice, no sul da França, para subir em um voo "sem volta" para a África do Sul.
Ainda segundo a revista, no último momento Wittstock foi convencida a retornar a Mônaco para prosseguir com os preparativos do casamento. O governo negou a quase "fuga" na noiva.
A publicação recordou ainda a agitada vida privada do príncipe de Mônaco, que reconheceu publicamente que tem dois filhos fora do matrimônio, uma menina e um menino.
Jazmin Grace, de 19 anos, foi o fruto de uma relação com Tamara Rotolo, ex-camareira americana, e Alexandre, de seis anos, foi o resultado de uma relação com Nicole Coste, ex-aeromoça francesa nascida em Togo.
Albert os reconheceu oficialmente depois de sua chegada ao trono, mas, segundo a Constituição, eles não poderão sucedê-lo.
Convidados
Atletas, modelos e estilistas, assim como conhecidos empresários, ocupam, junto a chefes de Estado e representantes reais, um lugar destacado na lista de convidados da cerimônia religiosa.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, assistirá à cerimônia, que espera contar também com a presença do rei Albert II da Bélgica e da família real sueca.
Para o casamento foi convidado também o conjunto de chefes de Estado dos países nos quais Albert II visitou oficialmente desde que assumiu o trono em 2005, assim como os dos países ligados à família soberana, como os Estados Unidos, Irlanda e África do Sul.
E em uma cidade tão ligada ao mundo da moda, do esporte e dos negócios, não podia faltar uma ampla representação de todos esses setores, como o presidente do COI, Jacques Rogge, e o da FIA, Jean Todt.
Atores como o escocês Gérard Butler e estilistas como Giorgio Armani, Karl Lagerfeld e Roberto Cavalli, além da modelo Naomi Campbell e Karolina Kurkova e de cantores como Andrea Bocelli são outras personalidades citadas.
Junto a elas, empresários como o presidente diretor-geral do grupo de luxo LVMH, Bernard Arnault e atletas como o jogador do Manchester United, Patrice Evra, e a ex-ginasta romena Nadia Comaneci também foram convidados para o evento.
Segurança
O diretor da Segurança Pública, André Muhlberger, declarou que foram mobilizados 521 agentes do Principado e, em colaboração com as autoridades francesas, também está previsto o fechamento do espaço aéreo durante as cerimônias.
"Todo mundo se envolveu como se os noivos fossem de sua própria família", acrescentou o ministro de Estado, para quem os monegascos veem a futura princesa como alguém "sorridente" que já participa de atividades beneficentes e com potencial para ser uma grande embaixadora.

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