sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Brasil-França: PR Sarkozy defende fim do G-8 e criação do G-14, com a presença dos emergentes

O Globo

Brasília, 06 Set (Lusa) - A França vai incumbir-se de selar a morte do G-8 em 2011, quando assumir a presidência rotativa deste grupo dos sete países ricos mais a Rússia, afirmou o Presidente Nicolas Sarkozy ao jornal O Globo.

Na entrevista que concedeu ao diário brasileiro por e-mail, Sarkozy destacou que a França pretende consolidar um grupo maior - o G-14, que inclui Brasil, China, Índia, México, África do Sul e Egipto.


"Uma coisa é certa: o G-8 já não é suficiente. Se quisermos que seja eficaz, que permaneça legítimo, não temos escolha. Somos obrigados a ampliá-lo aos grandes países emergentes sem os quais não poderemos enfrentar os desafios globais", admitiu o Presidente francês na entrevista hoje divulgada.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Le Nobel d'économie récompense deux Américains pour des travaux sur la "gouvernance économique"


LEMONDE.FR avec AFP

Le Nobel d'économie attribué pour la première fois à une femme 11

Le prix Nobel d'économie a été attribué lundi aux Américains Elinor Ostrom, première femme à recevoir cette distinction, et Oliver Williamson pour leurs travaux sur "la gouvernance économique".


AFP/Us National Academy of Sciences - University of California Berkeley

Les Américains Elinor Ostrom et Oliver E. Williamson ont été choisis pour le Nobel d'économie, le 12 octobre.

Le prix Nobel d'économie a été attribué aux Américains Elinor Ostrom, première femme récompensée depuis la naissance de ce prix en 1969, et Oliver Williamson pour leurs travaux sur "la gouvernance économique", lundi 12 octobre. Leurs travaux sont particulièrement dans l'air du temps, en plein débat sur la meilleure organisation des marchés financiers et de l'économie mondiale mais aussi sur la protection de l'environnement et des ressources naturelles, un domaine essentiel des travaux d'Elinor Ostrom. "Ils veulent comprendre des organisations qui ne sont pas des marchés (...) et ils montrent comment ces institutions résolvent les conflits", a salué Tore Ellingsen, membre du comité Nobel, lors de l'annonce du prix à la presse.
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Elinor Ostrom, de l'Université d'Indiana, est récompensée par le comité "pour avoir démontré comment les biens communs peuvent être efficacement gérés par des associations d'usagers". Elle a "remis en cause l'idée classique selon laquelle la propriété commune est mal gérée et doit être prise en main par les autorités publiques ou le marché", salue le comité, qui sacre pour la première fois une femme depuis sa première attribution en 1969. En se fondant sur de nombreuses études sur la gestion par des groupes d'usagers des ressources en poissons, en élevage, les forêts ou les lacs, la lauréate américaine a montré que leur organisation était souvent meilleure que ne le croit la théorie économique, souligne le comité.

Oliver Williamson, né en 1932 et enseignant à l'université de Californie de Berkeley, a été récompensé pour "son analyse de la gouvernance économique, notamment les frontières de l'entreprise". Sa théorie explique que l'entreprise s'est imposée comme modèle économique dominant parce qu'elle facilite la gestion des conflits et réduit les coûts grâce à la hiérarchie, mieux que les marchés où dominent souvent les négociations et les désaccords. L'inconvénient, souligné par la théorie de l'organisation de Williamson, est que l'autorité peut être abusée, observe le comité Nobel.

Elinor Ostrom est la première femme à être récompensée par le Nobel d'économie. Le Nobel d'Economie est une chasse gardée américaine, avec désormais quarante-cinq lauréats sur un total de soixante-quatre. Cette saison 2009 est également très américaine, avec onze lauréats sur treize venant des Etats-Unis, la sensation étant venue, vendredi 9 octobre, à Oslo du Nobel de la paix attribué à Barack Obama.

Fonte: Lemonde

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Para Lula, Sarkozy é o cara

KENNEDY ALENCAR
Colunista da Folha Online

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, diz que Luiz Inácio Lula da Silva "é o cara". No entanto, ignora o pedido do presidente do Brasil para participar de uma reunião da Unasul (União das Nações Sul-Americanas), a fim de discutir o polêmico uso de bases da Colômbia por militares americanos.

Obama afirma que vai priorizar uma economia com menos emissão de carbono e flerta com os biocombustíveis. Mas reduzir as restrições à importação do etanol brasileiro será muito difícil, praticamente impossível. O americano promete olhar mais para a América Latina. No entanto, duas guerras (Afeganistão e Iraque) e uma agenda interna complicada (sistema de saúde e discurso presidencial nas escolas) concentram sua atenção.

Quem realmente tem feito parceria internacional com o Brasil é a França de Nicolas Sarkozy. Lula propõe na ONU (Organização das Nações Unidas) um fundo internacional de combate à pobreza, a França dá gás e dinheiro à iniciativa. Nas reuniões do G8 mais emergentes e do G20, Sarkozy joga mais afinado com o brasileiro.

Resultado: na hora de assinar o maior contrato militar da história recente, não é surpresa o Brasil optar pela França. Não faz muito tempo os EUA vetaram a venda de aviões militares brasileiros à Venezuela para impedir transferência de tecnologia.

A França promete dividir com o Brasil esse tipo de conhecimento. Obviamente, há senões e dúvidas. O preço é justo? O equipamento militar francês é o mais adequado para um país com as dimensões continentais do Brasil? O que a França pretende comprar do Brasil?

Politicamente, faz bastante sentido. Parece justo dar preferência a quem o trata como parceiro e não como colônia. Mas, econômica e militarmente, o governo Lula precisa responder e convencer. Afinal, é muito dinheiro. Só o acordo militar já fechado é de cerca de R$ 22 bilhões. E o acerto para a provável compra de 36 caças Rafale ainda não tem preço sabido.
Kennedy Alencar, 41, colunista da Folha Online e repórter especial da Folha em Brasília. Escreve para Pensata às sextas e para a coluna Brasília Online, sobre bastidores do poder, aos domingos. É comentarista do telejornal "RedeTVNews", de segunda a sábado às 21h10, e apresentador do programa de entrevistas "É Notícia", aos domingos à meia-noite.

E-mail: kennedy.alencar@grupofolha.com.br