domingo, 4 de outubro de 2015

Chuvas matam ao menos 16 na Riviera Francesa

4 out 2015 12h35

Em algumas áreas da região, choveu em três horas quantidade de água equivalente à de dois meses, transformando ruas em rios. Cinco pessoas estão desaparecidas. Alguns morreram tentando colocar seus carros em segurança.
Pelo menos 16 pessoas morreram em decorrência de fortes chuvas e inundações que atingiram a Riviera Francesa durante a madrugada, e outras cinco estão desaparecidas, segundo informaram autoridades francesas neste domingo (04/10).
Em algumas áreas, em menos de três horas caiu uma quantidade de água equivalente à de dois meses, transformando as ruas de Cannes, Nice e Antibes em rios cheios de detritos.
Em Cannes, sede do famoso festival de cinema, as águas chegaram a arrastar para o mar carros que estavam estacionados na orla, informou a prefeitura.
O presidente francês, François Hollande, visitou a região, acompanhado do seu ministro do Interior, Bernard Cazeneuve. Ele expressou "solidariedade da nação" em relação aos afetados. "Nesses momentos, devemos ser rápidos, eficientes e coordenados", disse. Ele ressaltou, ainda, que a população deve estar preparada para mais chuvas fortes e pediu para que todos tenham cautela.
Garagens subterrâneas
Três pessoas morreram quando a água invadiu um asilo para idosos em Biot, perto de Antibes, e três motoristas se afogaram quando tentavam atravessar com seus carros um pequeno túnel alagado em Vallauris-Golfe-Juan e foram surpreendidos pela subida repentina das águas.
As equipes de resgate em Mandelieu-la-Napoule afirmaram que a água estava tão escura que dificultava a busca por mais corpos em estacionamentos subterrâneos, onde pelo menos sete pessoas morreram. "É apocalíptico", disse o prefeito Henri Leroy. "Há milhares de veículos. Pode haver mais corpos." As autoridades acreditam que muitos morreram tentando colocar seus carros em segurança.
Em Cannes, duas pessoas foram mortas e duas outras estão desaparecidas. O prefeito da cidade, David Lisnard, criticou duramente alguns moradores que, segundo ele, preferiram se preocupar com seus pertences a buscarem segurança. "Não estou julgando, porque eu não sei como reagiria nesta situação, mas parece que tivemos algumas pessoas que ficaram mais apegadas a seus veículos que à própria vida", disse. Nove pessoas foram presas por tentarem roubar lojas após a tempestade, segundo ele.
MD/dpa/afp

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